Nasceu na cidade de Rio de
Janeiro em 21 de março de 1915 e faleceu na mesma cidade em 6 de setembro de
1979. Foi um humorista, jornalista e compositor brasileiro.
Foi amigo de infância de Noel
Rosa, Almirante, Braguinha e Araci de Almeida. Durante seus mais de quarenta
anos de carreira artística ele realizou mais de trezentas versões para o
português de músicas estrangeiras. Foi parceiro de vários compositores e escreveu
peças e roteiros de programas humorísticos.
Curiosidades sobre Haroldo Barbosa
Você Sabia?
Que em 1961, Haroldo Barbosa compôs o
samba “Palhaçada”, feito com Luís Reis, um de seus mais constantes parceiros. O
samba focaliza as desventuras de um rapaz que, apesar de enganado e abandonado
pela mulher, admite aceitá-la de volta. Só naquele ano teve 11 gravações, sendo
a de Miltinho a mais marcante.
Que o samba “Notícia de jornal”,
outra parceria de Haroldo Barbosa com Luís Reis, foi gravado por Chico Buarque
e Maria Bethânia.
Que em 1989, Elizeth Cardozo gravou, ao lado
do violão de Rafael Rabelo, a “Canção da manhã feliz”, de Haroldo Barbosa.
Que, trabalhando como humorista,
Haroldo Barbosa escreveu programas e musicais de grande audiência. Em 1957,
ingressou na televisão e foi redator de alguns dos mais célebres humorísticos
da TV, como o 'Chico Anysio Show'.
Que Haroldo que tinha acesso fácil às
novidades musicais do exterior passou a fazer versões. Fez também música em
parceria com diversos compositores.
Que um dos primeiros sucessos de
Haroldo Barbosa, “fora da área das versões”, foi a marchinha de Carnaval
“Barnabé”, feita em parceria com Antônio Almeida. Os versos, adaptados,
retratam o servidor humilde e são uma sátira ao funcionalismo público. Em fins
dos anos 40, a
música foi gravada por Emilinha Borba.
Que Haroldo Barbosa foi dos primeiros
letristas de jingles no Brasil.
É dele o jingle:
“Pílulas de vida do doutor Ross fazem
bem ao fígado de todos nós.
Na prisão de ventre, que coisa atroz,
pílulas de vida do doutor Ross.
Pílulas de vida do doutor Ross trazem
saúde para todos nós.”
Que o termo Barnabé para designar
funcionário público surgiu de uma marcha de carnaval composta por Haroldo
Barbosa e Antônio Almeida em 1947.
Barnabé o funcionário,
Quadro extranumerário,
Ganha só o necessário
Pro cigarro e pro café.
Quando acaba seu dinheiro,
Sempre apela pro bicheiro,
Pega o grupo do carneiro,
Já desfaz do jacaré.
O dinheiro adiantado,
Todo mês é descontado,
Vive sempre pendurado,
Não sai desse tereré.
Todo mundo fala, fala,
Do salário do operário,
Ninguém lembra o solitário,
Funcionário Barnabé.
Ai, Ai, Barnabé
Ai, Ai, funcionário
Ai, Ai, Barnabé
Todo mundo anda de bonde
Só você anda a pé.
Quadro extranumerário,
Ganha só o necessário
Pro cigarro e pro café.
Quando acaba seu dinheiro,
Sempre apela pro bicheiro,
Pega o grupo do carneiro,
Já desfaz do jacaré.
O dinheiro adiantado,
Todo mês é descontado,
Vive sempre pendurado,
Não sai desse tereré.
Todo mundo fala, fala,
Do salário do operário,
Ninguém lembra o solitário,
Funcionário Barnabé.
Ai, Ai, Barnabé
Ai, Ai, funcionário
Ai, Ai, Barnabé
Todo mundo anda de bonde
Só você anda a pé.
Palhaçada
(Melô do homem
abandonado e enganado pela mulher
e que a quer de volta)
e que a quer de volta)
Haroldo Barbosa e
Luís Reis
Cara de palhaço,
pinta de palhaço,
roupa de palhaço,
foi este o meu amargo fim.
Cara de gaiato,
pinta de gaiato,
roupa de gaiato,
foi o que eu arranjei pra mim.
pinta de palhaço,
roupa de palhaço,
foi este o meu amargo fim.
Cara de gaiato,
pinta de gaiato,
roupa de gaiato,
foi o que eu arranjei pra mim.
Estavas roxa por um trouxa
pra fazer cartaz.
Na tua lista de golpista
tem um bobo a mais,
quando a chanchada deu em nada
eu até gostei
e a fantasia foi aquela que esperei...
pra fazer cartaz.
Na tua lista de golpista
tem um bobo a mais,
quando a chanchada deu em nada
eu até gostei
e a fantasia foi aquela que esperei...
Cara de palhaço,
pinta de palhaço,
roupa de palhaço,
pela mulher que não me quer.
Mas se ela quiser voltar pra mim
vai ser assim:
cara de palhaço,
pinta de palhaço,
roupa de palhaço
Até o fim!
pinta de palhaço,
roupa de palhaço,
pela mulher que não me quer.
Mas se ela quiser voltar pra mim
vai ser assim:
cara de palhaço,
pinta de palhaço,
roupa de palhaço
Até o fim!
Notícia de jornal
Haroldo Barbosa e
Luís Reis
“Tentou contra a existência num humilde
barracão,
Joana de tal por causa de um tal João.
Depois de medicada, retirou-se para o seu
lar...”
Aí,
a notícia carece de exatidão.
O
lar não mais existe,
ninguém
volta ao que acabou.
Joana
é mais uma mulata triste que errou.
Errou
na dose, errou no amor,
Joana
errou de João.
Ninguém
notou, ninguém morou
na
dor que era o seu mal,
a
dor da gente não sai no jornal.
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