quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Tintoretto no Museu de Arte de São Paulo



Quadro Ecce Homo, de Tintoretto*

Tempos depois, o Chateuabriand fez o Museu de Arte de São Paulo, e de vez em quando pressionava um milionário para doar um quadro de grande valor ao Masp. Um dia, ele consegue um dos dois Tintoretto, que trouxe para o acervo do Museu no final da década de 1940. Ansioso por divulgar a boa-nova para a vida cultural paulistana, correu até a Rádio Tupi e deixou a notícia para que fosse lida em caráter extraordinário. O editor de plantão, a fim de não perder tempo, passou o papel para o locutor da maneira como havia recebido de Chateaubriand. Muito nervoso com a presença intimidatória do editor, o locutor tomou um gole de água, limpou a garganta. E mandou ver com sua melhor dicção:

− Tiroteio no Museu de Arte de São Paulo!

(Trecho do livro “O Livro de Jô”, de Jô Soares e Matinas Suzuki Jr.)

Tintoretto – Ecce Homo ou Pilatos Apresenta Cristo à Multidão (1546-1547). Expoente do maneirismo, o pintor de Veneza faz uso de sua célebre habilidade para os pequenos detalhes. A cena pintada por Tintoretto tem intensidade dramática e uso notável de cores, em especial no tom de amarelo das vestes de algumas figuras retratadas.


Autoretrato de Tintoretto

Tintoretto, como era conhecido Jacopo Robusti, nasceu em Veneza, cerca de 1518 e faleceu em 31 de maio de 1594, em Veneza. Foi um dos pintores mais radicais do maneirismo. Por sua energia fenomenal em pintar, foi chamado Il Furioso, e sua dramática utilização da perspectiva e dos efeitos da luz fez dele um dos precursores do Barroco. Seu pai, Battista Comin, era tintore (tingia seda), o que lhe valeu o apelido.

O segundo Tintoretto do MASP


Pietá de Tintoretto


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