Olha só este inusitado pedido de uma
advogada da OAB do Rio de Janeiro! Se achar que é mentira, entre no site da
OAB/RJ, vá em coluna dos inscritos e digite o nº de inscrição registrado na
petição abaixo.
Exmº. Sr. Dr. juiz da 16ª. Vara do Trabalho
do Rio de Janeiro.
Doutora Fulana de Tal,
advogada do reclamante Beltrana de Tal, vem, ante a presença de V. Exª.,
informar que, de uma forma ou de outra, resolveu renunciar aos poderes doados
pelo autor na folha da procuração. Que a presente renúncia tem motivos
justificadores suficientes, trazendo desânimo até a alma; senão, vejamos agora:
1 - A ilustre advogada renunciante é considerada pela maioria a maior
advogada de Duque de Caxias (RJ), a mais brilhante, pois sou competente,
conheço muito o direito, o errado e o certo. Minha insatisfação é originária da
mudança no nome de 'Justiça do Trabalho'. Antes, chamava-se JCJ (Junta de
Conciliação e Julgamento), e agora passou a chamar-se "Vara". Esta
nova denominação me trouxe e me traz diariamente imensos e grandes
constrangimentos.
2 - Antes, para vir fazer audiências ou acompanhar processos eu entrava
na Junta, e agora sou obrigada a dizer "estou entrando na Vara",
"fui à Vara", "fiquei esperando sentada na Vara". Não
concordo. Sou mulher, evangélica, não gosto de gracejos. Deixo a 'Vara' para
quem gosta de 'Vara': funcionários 'varejistas', homossexuais, que tem muito,
fiquem na 'Vara', permaneçam na 'Vara', trabalhem com 'Vara'. Saio desgostosa
por não concordar com termo pornográfico, vara pra lá, vara pra cá...
Em tempo - Outro dia, estava entrando no prédio da Justiça do Trabalho,
e o meu telefone celular tocou. Era meu marido. Ele perguntou: “Onde você
está?” E olha só o constrangimento da minha resposta: “Entrando na décima Vara.
3 - Assim, comunico minha
renúncia. Já comuniquei verbalmente a meu ex-cliente, tudo na forma da lei.
Assim posto, Peço e aguardo deferimento.
S. J. de Meriti p/Rio de Janeiro, 05-05-2002.
Dra. Fulana de Tal, Advogada inscrita na OAB-RJ.
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