“Viverei
hoje como se fosse meu último dia.”
E
agora o que farei com este último e precioso dia que resta em meu poder?
Primeiro, tamparei o vidro para que nenhuma gota se derrame na areia. Na
desperdiçarei um momento sequer velando os infortúnios do ontem, pois por que
deveria eu relegar o bem do mal?
Poderá
a areia escorrer do chão para a taça do tempo? Posso eu reviver os erros do
ontem e corrigi-los, ou tornar-me mais jovem do que era ontem? Não. O ontem
está enterrado para sempre e nele não pensarei mais.
E
agora o que farei? Esquecendo o ontem também não pensarei no futuro. Por que
deveria relegar o agora ao talvez? Pode a areia do amanhã escorrer para a taça
do hoje? Deveria eu preocupar-me com os eventos que talvez jamais testemunhe,
atormentar-me com problemas que talvez jamais venha a ter? O amanhã está
enterrado com o ontem e nele não mais pensarei.
Viverei
hoje como se fosse o meu último dia.
Este
dia é tudo o que tenho, e estas horas são agora a minha eternidade. Não tenho
senão uma vida e a vida não é nada senão uma medida de tempo.
Ao
perder um, destruo o outro. Velarei cada hora deste dia, pois ela jamais
voltará. Cumprirei hoje os deveres do hoje. Acariciarei meus filhos quando
jovens, amanhã eles partirão e eu também, abraçarei minha mulher com beijos
doces, ajudarei um amigo em necessidades, amanhã não gritará por ajuda, nem eu
ouvirei seus gritos, beberei a cada minuto a sua plenitude.
Viverei
hoje como se fosse meu último dia.
E,
se não for, cairei de joelhos e agradecerei aos céus.
(Do livro “O Maior Vencedor do Mundo”, Og Mandino)
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