domingo, 3 de setembro de 2017

Meu último dia

“Viverei hoje como se fosse meu último dia.”
  

E agora o que farei com este último e precioso dia que resta em meu poder? Primeiro, tamparei o vidro para que nenhuma gota se derrame na areia. Na desperdiçarei um momento sequer velando os infortúnios do ontem, pois por que deveria eu relegar o bem do mal?

Poderá a areia escorrer do chão para a taça do tempo? Posso eu reviver os erros do ontem e corrigi-los, ou tornar-me mais jovem do que era ontem? Não. O ontem está enterrado para sempre e nele não pensarei mais.

E agora o que farei? Esquecendo o ontem também não pensarei no futuro. Por que deveria relegar o agora ao talvez? Pode a areia do amanhã escorrer para a taça do hoje? Deveria eu preocupar-me com os eventos que talvez jamais testemunhe, atormentar-me com problemas que talvez jamais venha a ter? O amanhã está enterrado com o ontem e nele não mais pensarei.

Viverei hoje como se fosse o meu último dia.

Este dia é tudo o que tenho, e estas horas são agora a minha eternidade. Não tenho senão uma vida e a vida não é nada senão uma medida de tempo.

Ao perder um, destruo o outro. Velarei cada hora deste dia, pois ela jamais voltará. Cumprirei hoje os deveres do hoje. Acariciarei meus filhos quando jovens, amanhã eles partirão e eu também, abraçarei minha mulher com beijos doces, ajudarei um amigo em necessidades, amanhã não gritará por ajuda, nem eu ouvirei seus gritos, beberei a cada minuto a sua plenitude.

Viverei hoje como se fosse meu último dia.

E, se não for, cairei de joelhos e agradecerei aos céus.

(Do livro “O Maior Vencedor do Mundo”, Og Mandino)



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