Um jovem noviço chegou ao monastério
e lhe deram a tarefa de ajudar aos outros monges a transcrever os antigos
cânones e regras da Igreja. Ele se surpreendeu ao ver que os monges faziam seu
trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
Foi falar com o abade e explicou que,
se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro se propagaria em todas
as cópias posteriores. O abade lhe respondeu que há séculos copiavam da cópia
anterior, mas que achava bem procedente a observação do noviço.
Na manhã seguinte, o abade desceu até
as profundezas da caverna no porão do monastério, onde eram conservados os
manuscritos e pergaminhos originais, intocados há muitos séculos.
Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite,
sem que o abade desse sinal de vida.
Preocupado, o jovem noviço decidiu
descer e ver o que estava acontecendo. Encontrou o abade completamente
descontrolado, com as vestes rasgadas, batendo a cabeça ensanguentada nos
veneráveis muros do monastério
Espantado, o
jovem monge perguntou:
-
Abade, o que aconteceu?
- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!
Caridade... Caridade! Eram votos de “CARIDADE” que tínhamos que fazer. E não de
“CASTIDADE”!
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