Valsa
O compasso ternário como dança é
muito antigo. Originária das danças tirolesa austríacas. Entretanto com o
título de valsa somente aparece no Séc. XVII e se realiza nos bailados de
óperas no Séc. XVIII. Chega ao seu apogeu no Séc. XIX, com as "Valsas
Vienenses" estilizadas pelos músicos e compositores da família Strauss.
Veio para o Brasil nos fins do Séc.
XVIII era conhecida "valsa figurada", trazida pelos portugueses. No
Século XIX foi difundida e dançada a valsa de par com todas as pompas do Reino
e do Império. Hoje, no sul do país a valsa ganhou seu estilo próprio, ritmo e
dança. Adaptou-se aos costumes e maneiras do peão gaúcho.
Chotes
Dança de salão originária da Hungria.
O "Schottisch" invadiu a França, Alemanha e Inglaterra no Séc. XIX.
Apareceu no Brasil no período Regencial e foi moda no Segundo Império. De norte
a sul o chotes é uma dança muito popular, cantado ou somente em solo
instrumental. É dançado em pares com três passos comuns diferentes: um e um,
dois e dois ou dois e um. No Rio Grande do Sul, além dos passos comuns,
dança-se o chotes marcado e também, principalmente, entre os descendentes da
imigração açoriana, dançam o chotes afigurado sem limites de passos e figuras.
Milonga
Dança argentina ao som de guitarras
muito popular no Uruguai de onde entrou para o Brasil. Hoje aculturada no pampa
gaúcho, faz parte do acervo musical do sul brasileiro. Rancheira. Dança de
origem árabe. Trazida e estilizada na Argentina. No rio Grande do Sul o ritmo é
mais vivo e a coreografia mais saltitante, estilo popular.
Vanera
Habanera ou Havanera - dança e canto
popular originária de Havana - Cuba. Ritmo em 2/4 sendo o primeiro tempo forte
e bem acentuado. Música popular em quase todos os países hispano-americanos. No
Rio Grande do Sul foi muito usada pelas Bandas das colônias de imigração
italiana. Nos campos, os gaiteiros gaúchos denominavam de "vanera" e
fez deste ritmo o mais amplo repertório para animação de fandangos, bailantas e
festas gauchescas.
Bugio
"Bugiu" de Bugio - ritmo
gaúcho de origem muito remota - fins do Séc. XIX. Dança de peões com chinas
indígenas, sob qualquer som musical da época. No início do Séc. XX já era
dançado ao som de gaitas de botão, mas ainda como dança não social. Na década
de 50 o bugiu foi requintado com arranjos de gaitas apianadas e na década de 60
passou a Ter letra própria enfocando a presença do macaco bugio no contexto da
letra. Hoje o Bugiu é dança de salão e deu origem a grandes festivais como "Ronco
do Bugiu" em São Francisco
de Paula e "Querência do Bugiu" em São Francisco de
Assis.
Fonte: livro SOM BERTUSSI, Adelar
Bertussi e Waldir
Teixeira
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