sábado, 26 de agosto de 2017

Carmen Miranda



Citações de Carmen Miranda

“Vou empregar todos os meus esforços para que a música popular do Brasil conquiste a América do Norte, o que seria um caminho para a sua consagração em todo o mundo.” (Entrevista dada ao Diário de Notícias cinco dias antes de embarcar para os EUA-1939)

“Coloco tempero brasileiro no gosto daquela boa gente (americanos)... Nos meus números não faltam nada: canela, pimenta, dendê, cominho...”

“Tenho, às vezes, receio da responsabilidade, mas na hora H, quando eu perguntar ao público ‘o que é que a baiana tem’, sinto que o calor da torcida dos meus amigos que me ouvem agora, me dará ânimo para responder com aquele ‘it’ que vocês sabem.”

“Eu desmereço os artistas que dizem que não é preciso ganhar um prêmio para ter seu talento reconhecido. Se eu fosse uma verdadeira atriz (Sou apenas uma intérprete) eu daria tudo de mim para ganhar um Oscar, ainda mais sabendo que a Academia é uma instituição formada por pessoas que realmente entendem do assunto.”

“Eu escolhi meu anel de casamento pesado e grosso para ele durar para sempre. Mas exatamente por causa disso toda hora que eu e David temos uma discussão eu o sinto como uma algema, e no momento de raiva eu o jogo no lixo. Coitado do David, ele já comprou três anéis de casamento para mim!”

“Nunca segui o que dizem que 'está na moda'. Acho que a mulher deve usar o que lhe cai bem. Por isso criei um estilo apropriado ao meu tipo e ao meu gênero artístico.”

“Gosto muito dos aplausos de uma platéia, seja esta qual for. Gosto de toda a gente e adoro as reuniões festivas. Vivo de alegria.”

“Dizem que minhas mãos "falam". Não sei. Mas procuro transmitir o máximo através delas, nos movimentos e expressões rítmicas. E, ao contrário do que comentam, não comecei esse estilo para que os americanos me entendessem. Já no Brasil, quando cantei O Que é Que a Baiana Tem? no filme Banana da Terra, eu usava as mãos como coreografia. Depois, aperfeiçoei mais os gestos para o cinema americano."

“Nasci em Portugal, mas me criei no Brasil e, portanto, considero-me brasileira. O local do nascimento não importa, nem sequer o sangue. O que importa é o que os americanos chamam de "environment", a influência do país e dos costumes em que vivemos, se bem que sempre existe um grau de gratidão e fidelidade aos pais que nos geraram. Da minha parte, sou mais carioca, mais sambista de favela, mais carnavalesca do que cantora de fados. O sangue tem uma certa importância, mas só no temperamento, não na maneira de sentir as coisas.”

Citações sobre Carmen Miranda

“Carmen Miranda era uma portuguesa que virou brasileira e levou sua música e suas fantasias - temperadas com elementos e ritmos dos escravos - para os Estados Unidos, e ainda fez a América por meio do cinema. E tudo isso em plena Segunda Guerra Mundial.”

Kevin Stayton, vice-diretor do Brooklyn Museum

“Foi quando entrei no palco com Carmen que senti sua dimensão. A platéia ficava hipnotizada com a presença daquela moça de pequena estatura que se agigantava a cada segundo.”

Aloísio de Oliveira

“Carmen a princípio não falava, ouvia-me apenas. Depois, como se estivesse fascinada pelo violão, ia ganhando ritmo e eu me lembro de seu gesto, de suas mãos e de seus dedos agitando-se no ar como que impelidos por uma corrente elétrica. Antes de ouvi-la cantar tive nitidamente a impressão de estar diante de alguém que trazia uma mensagem nova, nos olhos, no sorriso, na voz.”

1928, Josué de Barros - compositor que descobriu Carmen Miranda

“Nenhum brasileiro pode ignorar o que Carmen fez por nós lá fora. Ela espalhou nossa língua, ensinou pessoas que nunca ouviram falar da gente a cantar nossas músicas e a amar nossos ritmos. Ela irá sempre significar muito para nós.”

Heitor Villa Lobos, compositor clássico

“Sua personalidade era muito forte, mas não temperamental. Extremamente sociável sempre contava suas histórias e atuava ao mesmo tempo. Era tudo muito espontâneo, mas ela nunca assumiu esse talento natural.”

David Sebastian

“Foi numa tarde em 1942. A Igreja estava vazia, a não ser uma moça que rezava contritamente diante do altar de Nossa Senhora das Graças. Uma senhora havia me trazido uma criança para batizar, mas, por morar muito longe daqui, e não poder pagar as passagens para alguém vir, não trouxera madrinha para o filho. Aproximei-me, então, da moça que orava e perguntei-lhe se me faria aquele favor, de repetir, pela criança, as palavras do batismo. Ela concordou imediatamente, serviu como madrinha do bebê. Depois, mandou o seu carro branco buscar o resto da família da pobre senhora para uma festa de batizado na sua casa. Eu soube, então, que a moça era a estrela Carmen Miranda e sua simplicidade deixou-me uma profunda impressão, solidificada, depois, pelas suas constantes vindas à Igreja que se lhe tomou um segundo lar, dando-nos ela um altar novo para Nossa Senhora.”

Palavras do Padre Joseph na missa de corpo presente de Carmen Miranda, em agosto de 1955


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