Poeta negro de luminoso rastro
O jovem poeta Cruz e Souza*
"De um talhe espiègle e elegante, muito preocupado com sua pessoa, Cruz, como os pais não precisassem de seu auxílio para viver, gastava tudo o que ganhava, nas lições particulares que tinha, em trajes variados, finos e bem-feitos, pelo que andava muito asseado e bem vestido, despertando ainda, por esse lado, maiores odiosidades e invejas. Tinha uns dentes belíssimos e alvos, fazendo quando sorria, uma pequenina lua de opala, a sua boca negro-escarlate, onde bailava uma ironia casquilhante e perene. Sempre inspirado e feliz, caricaturista endiabrado e perfeito no verso pilhariço e trocista, trazia a Velha Escola acossada, flagelada e coberta de imenso ridículo."
(Virgílio Várzea)
(Cruz e Souza:
1861-1898)
Em 1891 Cruz e Souza havia conhecido
Gavita Rosa Gonçalves. A moça trabalhava numa oficina de costura e fora criada
na casa de um médico conhecido, o Dr. Monteiro de Azevedo. Logo se iniciou um
romance entre os dois.
Gavita e João da Cruz e Souza
sonhavam com o casamento, que não aconteceu pela pobreza de ambos.
Em 1893, Cruz e Souza e Gavita já
viviam como marido e mulher, apesar de péssima condição financeira do poeta.
Casam-se em novembro desse ano, com Gavita já em estado adiantado de gravidez.
Para custear o sustento da
recém-formada família, o poeta solicitava de amigos sucessivos empréstimos, que,
na maioria das vezes, lhe eram negados.
No final de 1893, provavelmente
graças ao auxílio de Nestor Vitor, o poeta consegue o humilde posto de
praticante de arquivista na Central do Brasil. O irrisório salário que ganhava
garantia-lhe, ao menos, o pão cotidiano, embora não lhe tirasse da incômoda
situação de pobreza.
O poeta negro estreita laços de
amizade com Nestor Vitor, com o qual tinha intensa afinidade intelectual.
Em 1894 ele é promovido a arquivista
da Central do Brasil. Mas o pequeno aumento de salário foi insuficiente para
estabilizar sua situação. Em fevereiro, o nascimento do primeiro filho, Raul,
inicia ima grave crise financeira, que estender-se-ia até o fim da sua curta
vida.
Publicados seus dois primeiros
livros, Cruz e Souza começa a reunir material para novas obras. O volume de
originais aumenta, mas editora alguma se anima a publicar os trabalhos do
poeta. Seus dois primeiros livros haviam sidos incompreendidos, combatidos. A
venda de Missal e de Broquéis foi desanimadora.
Desenho de Ângelo
Agostini, publicado na Revista Ilustrada,
saúda a primeira edição
de Missal (1893).
Publicados seus dois primeiros
livros, Cruz e Souza começa a reunir material para novas obras. O volume de
originais aumenta, mas editora alguma se anima a publicar os trabalhos do
poeta. Seus dois primeiros livros haviam sidos incompreendidos, combatidos. A
venda de Missal e de Broquéis foi desanimadora.
A Livraria Moderna, que dera espaço
aos novos talentos, estava em sérias dificuldades financeiras. O destino
mostrava-se cada vez mais impiedoso com o poeta. Sem editor, ele acumulava
originais, sem esperanças quanto à sua publicação futura.
Como se bastasse essa situação
torturante, uma anemia profunda altera as faculdades mentais de Gavita e, em
março de 1896, quando o casal retornava para o lar, à noite, a esposa do poeta
tem uma crise de loucura, fazendo cônscio o seu marido da gravidade de seu
estado mental. Este trágico episódio é descrito por Cruz e Sousa no conhecido
texto “Balada de Loucos”, incluso em Evocações.
Desesperado, Cruz e Souza recorre a
Nestor Vitor e ao Dr. Monteiro de Azevedo, em cuja casa Gavita havia crescido,
o poeta escreve uma carta a esse médico, pedindo orientação. A carta de
resposta, porém, deprime ainda mais o poeta, na medida em que prescreve providências
que iam além de suas possibilidades financeiras, como remédios caros e uma
alimentação especial.
Ainda em 1896 é fundada a Academia
Brasileira de Letras, tendo como primeiro presidente Machado de Assis. O nome
de Cruz e Souza em momento algum foi cogitado para integrar a lista dos membros
da ABL.
O poeta sofria duplo preconceito:
racial e literário. Era negro e mais que isso, era Simbolista. Não frequentava
a rodinha da Editora Garnier nem ia aos chás da Revista Brasileira. Nem mesmo tinha acesso aos jornais de maior
circulação. Era um guerreiro silencioso, que sabia que só o futuro provaria o
valor de sua obra.
É conveniente frisar com insistência
que o “Dante Negro” tinha forte convicção de seu próprio valor e sabia que a
qualidade de sua obra acabaria pro vencer todos os preconceitos e negações.
Já mergulhado em sofrimento e
alienado, Cruz e Souza se revela, em finais de 1897, tuberculoso.
O Cisne Negro, no entanto, não parava
de produzir e conseguia, esporadicamente, divulgar seus textos em periódicos,
evitando assim o anonimato.
A situação do poeta era deplorável.
Encurvado pela doença e em desespero financeiro, ele solicitava empréstimos
frequentemente e normalmente recebia respostas negativas.
Em 1898 o estado do poeta complica-se
tanto que começam a surgir na imprensa as primeiras notícias sobre sua
decadente situação. Em janeiro o poeta já não consegue ir ao trabalho. Temeroso
de perder o emprego, recorre a Nestor Vitor, que com muito esforço consegue uma
licença.
Diversos jornais cariocas abrem
subscrição em favor do poeta. São organizadas listas para arrecadação de
dinheiro para ajudar Cruz e Souza.
Embora Cruz e Souza manifestasse o
desejo de retirar-se para Desterro, onde contava recuperar-se, a pedido de seu
médico, o Dr. Araújo de Lima, fuçou decidido que o poeta seria levado para
estação de Sítio, na Serra da Mantiqueira, a 15 Km de Barbacena.
A essa altura, a ideia da morte
assombrava o poeta e contaminava suas últimas composições.
Cônscio que estava das suas condições
de saúde, antes de partir para Sítio, Cruz e Souza aproveita a última visita de
Nestor Vitor para entregar-lhe os originais de 3 livros: Evocações, Faróis e Últimos Sonetos.
Deixando os três filhos com a mãe de
Gavita no Rio, Cruz e Souza partiu com a esposa para Sítio em 15 de março de
1898. Seus amigos mais íntimos foram levá-los à estação.
A viagem foi desgastante para o
poeta, que já tinha se resignado e não mais lutava para viver.
Ao chegar a Sítio encontrou um clima
mais frio do que o esperado, o que acabou agravando seu estado de saúde. À
tuberculose acrescentou-se vigorosos ataques de pneumonia e o poeta morre a 19
de março de 1898, deixando a esposa grávida do quarto filho.
Como que numa última ironia do
destino, seu cadáver foi recambiado ao Rio num vagão de transporte de animais.
Os livros Missal e Broquéis,
principalmente este último, são sobremaneira valorizados a partir do primeiro
mês pós-morte do poeta.
Graças aos esforços de amigos e
admiradores do poeta, principalmente Saturnino Meireles, o livro Evocações é publicado naquele mesmo ano,
com amplo apoio da imprensa.
Cruz e Souza ia tendo, na morte, o
reconhecimento que não teve em vida.
Nestor Vitor faz imprimir em 1900, na
tipografia do Instituto Profissional o volume chamado Faróis. Em 1915, em Paris, com muito esforço, consegue que a Casa
Aillaud & Cia publique os Últimos
Sonetos.
Cruz e Souza aos 22
anos, em Nossa
Senhora do Desterro
(atual
Florianópolis), SC.
Textos do livro “100
anos sem Cruz e Sousa”, Congresso Nacional.
Prêmio Cruz e Sousa –
Monografias premiadas - 1998.
Souza ou Sousa?
A história do busto do nosso
poeta simbolista reacendeu o debate: afinal, é Cruz e Souza (como o próprio
assim assinava seu nome) ou Cruz e Sousa (como instituiu uma das nossas
reformas ortográficas).
“O 'S' da diScórdia”
Até que ponto uma revisão
ortográfica pode se sobrepor a uma marca pessoal? Essa é a dúvida que
prevaleceu após a publicação, nesta Contracapa, da foto do busto do poeta
catarinense e referência máxima do simbolismo, Cruz e Souza. O próprio assinava
seu sobrenome com a letra Z, ou
seja, Souza, como está grafado na estátua em bronze que está lá na Praça XV, no
Centro da Capital catarinense. O editor e escritor Fábio Brüggemann defende a manutenção do
Z, que fazia parte da assinatura de Cruz. A questão é que numa das nossas
tantas revisões ortográficas estabeleceu-se que nomes próprios de origem
lusitana deveriam ser mudados após a morte do seu detentor. Assim como o “Souza”
do Cruz, o Queiroz do Eça virou Queirós. Outro ilustre catarinense também
entrou nessa renomeação: Victor Meirelles, que passou a chamar-se Vitor
Meireles.
***
Lembra a jornalista Manoela de
Borba que há no Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa Rui Barbosa
(que um dia foi “Ruy”), no Rio de Janeiro, uma correspondência do poeta
catarinense assinada como Souza.
***
Assunto dos mais instigantes.
Confesso que, refletindo acerca da polêmica, eu prefiro ficar com o desejo
pessoal do autor. Se Cruz se orgulhava do seu Z, porque contrariá-lo? Neste
caso, acredito que o melhor era manter o busto como está, mas seria imperativo
retificar uma série de logradouros e prédios (como o Museu Cruz e Sousa) e o
prêmio que leva o seu nome. O próprio Brüggemann anda contrariado com a
recém-aprovada reforma ortográfica que baniu o uso do trema (¨). Para ele,
assim como no caso de Cruz e Sou(z)a, isso é pura articulação de burocratas.
(Do Blog do
Marquinhos)
*****
Em 1893, foi nomeado presidente de Santa Catarina o doutor Francisco Luís da Gama Rosa. Ele envolveu-se muito com o grupo de novos literatos, chegando a nomear Cruz e Souza promotor de Laguna, cargo que o poeta não chegou a ocupar por ser negro, resolutamente se opuseram a ele os chefes políticos. Com esse cargo, provavelmente, a vida de Cruz e Souza poderia ter sido outra...
P.S. Gavita, a esposa, morreu em
1901. Dos filhos, dois morreram antes dela, um imediatamente depois; sobreviveu
João, nascido a 30 de agosto de 1898, que morreu em 1915, de tuberculose
pulmonar, como seu pai, sua mãe e seus irmãos.
(Um resumo para professores de Literatura)
O Simbolismo
01. Época:
→ O simbolismo, em nossas letras, manifestou-se na segunda metade do
século XIX.
02. Datas que assinalam o início e o fim do simbolismo:
→ 1893 - ano em que Cruz e Souza publicou
as obras “Missal” (prosa) e “Broquéis” (poesia).
→ 1922 - Semana de Arte Moderna
03. Momento histórico:
→ O Simbolismo
reflete um momento histórico extremamente complexo que marcaria a transição
para o século XX e a definição de um novo mundo, o qual se consolidaria a
partir da segunda década deste século; basta lembrar que as últimas
manifestações simbolistas são contemporâneas da Segunda Guerra Mundial e da
Revolução Russa.
Tomava corpo, assim, o fantasma
da guerra. Sempre que se torna difícil analisar o mundo exterior e entendê-lo
racionalmente, a tendência natural é cair na sua negação, voltando-se para uma
realidade subjetiva; as tendências espiritualistas renascem; o subconsciente e
o inconsciente são valorizados, segundo a lição freudiana.
04. Origem do Simbolismo:
→ O Simbolismo originou-se na França, através da poesia de Baudelaire,
Rimbaud, Verlaine e Mallarmé.
05. Aspectos de oposição entre o Simbolismo e o Parnasianismo (estilo
literário que o antecedeu e ao mesmo tempo lhe foi contemporâneo):
→ Ao contrário do Parnasianismo, que propunha uma poesia afastada dos
valores subjetivos e românticos, o Simbolismo reinstaura a linguagem poética,
fundada no “eu” e na percepção subjetiva da realidade.
06. Relação entre a poesia Simbolista e outra
manifestação cultural contemporânea:
→ O Simbolismo desempenhou, na poesia, um papel semelhante ao
desempenhado pelo Impressionismo na pintura. Por outro lado, a poesia
simbolista teve pontos de convergência com as Filosofias de Bergson, Hartmann e
Schopenhauer.
07. Características da poesia Simbolista:
→
aprofundamento da introspecção;
→ exploração do
subconsciente e do inconsciente;
→ fuga da
matéria e a busca da região do espírito (fuga da realidade exterior);
→ temática
intimista (volta-se para si mesmo);
→ linguagem
figurada, musical, colorida e rica (supervaloriza a metáfora, a imagem; a
sonoridade, o ritmo, as vogais, as rimas; as cores, principalmente a branca;
emprega vocabulário nobre, incomum, brilhante);
→ O Símbolo: o simbolista, com freqüência, não conseguem (ou não
pretende) descrever essas emoções ou estados da alma. Usa, por isso, de meios
indiretos, para sugerir ou representar tais momentos. O meio mais usado é o
símbolo para manifestar ou retratar o mundo interior.
08, Principais
poetas simbolistas brasileiros:
→ João da Cruz e Souza¸ Alphonsus de Guimaraens,
Mário Pederneiras, Emiliano Perneta e Alceu
Wamosy (simbolista gaúcho).
Principais Simbolistas
Nome:
João da Cruz e Souza (1861 -
1898) = Cruz e Sousa
→ nome literário: Cruz e Souza
→ nascimento: 1861, Nossa Senhora do Desterro (atual
Florianópolis)
→ morte: 1898, Sítio, Minas Gerais
→ origem
humilde: pais escravos (mãe alforriada)
→ proteção dos
senhores: sobrenome, educação
→ participação
na campanha abolicionista
→ vida
pontilhada de tragédia familiares
→ epítetos: “Cisne Negro”, “Dante Negro”, “Poeta Negro”
Obras:
→ “Broquéis”,
“Faróis”, “Últimos Sonetos”, “Tropos e Fantasias” (parceria com Virgílio
Várzea) - poemas em verso.
→ “Missal”, “Evocações” - poemas em prosa.
Características:
→ autor das
primeiras obras simbolistas brasileiras: “Missal” e “Broquéis” (1893 -
introduzindo entre nós o Simbolismo);
→ com Virgílio Várzea e Nestor
Vítor - grupo mais importante do simbolismo brasileiro;
→ “Antífona” - profissão de fé
simbolista;
→ herança parnasiana (soneto);
→ fortes traços simbolistas: uso
de maiúsculas, criação de palavras novas, sinestesias, pontuação expressiva,
elevado grau de sonoridade nos poemas (assonância, aliterações, repetições);
→ temática:
contemplação mística, visão estetizante da realidade, expressão de um grande
pessimismo;
→ elevado grau de misticismo;
→ transfiguração da paisagem;
→- paralelo entre a vida e a obra;
→- principais
poemas: “Antífona” - “Violões que Choram”
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
nos turbilhões quiméricos do Sonho,
passe, cantando, ante o perfil medonho
e o tropel cabalístico da Morte...
Antífona
Cruz e Souza
Ó Formas alvas, brancas, Formas
claras
de luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
de luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
Formas do Amor, constelarmante
puras,
de Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
e dolências de lírios e de rosas ...
de Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
e dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Visões, salmos e cânticos
serenos,
surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
fecundai o Mistério destes versos
com a chama ideal de todos os mistérios.
Inefáveis, edênicos, aéreos,
fecundai o Mistério destes versos
com a chama ideal de todos os mistérios.
Do Sonho as mais azuis
diafaneidades
que fuljam, que na Estrofe se levantem
e as emoções, todas as castidades
da alma do Verso, pelos versos cantem.
que fuljam, que na Estrofe se levantem
e as emoções, todas as castidades
da alma do Verso, pelos versos cantem.
Que o pólen de ouro dos mais
finos astros
fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
sonoramente, luminosamente.
fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
sonoramente, luminosamente.
Forças originais, essência, graça
de carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passa
do Éter nas róseas e áureas correntezas...
de carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passa
do Éter nas róseas e áureas correntezas...
Cristais diluídos de clarões álacres,
desejos, vibrações, ânsias, alentos
fulvas vitórias, triunfamentos acres,
os mais estranhos estremecimentos...
desejos, vibrações, ânsias, alentos
fulvas vitórias, triunfamentos acres,
os mais estranhos estremecimentos...
Flores negras do tédio e flores vagas
de amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
em sangue, abertas, escorrendo em rios...
de amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
nos turbilhões quiméricos do Sonho,
passe, cantando, ante o perfil medonho
e o tropel cabalístico da Morte...
*****
Nome:
Afonso Henriques da Costa
Guimarães (1870 - 1921) Alphonsus de
Guimaraens
→ nascimento: 1870, Ouro Preto
→ morte: 1921, Mariana
→ noivado com Constança, sua
prima, filha de Bernardo Guimarães
→ pseudônimo: Alphonsus
Guimaraens
→- “Setenário das Dores de Nossa Senhora”, “Câmara Ardente”, “Dona
Mística”, “Kyriale”, “Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte”, “A Escada de
Jacó”, “Pulvis”, “Pauvre Lyre”.
Características:
→ religiosidade:
título dos livros, ambientes e cenários, pseudônimo latinizante;
→ Amor e Morte:
fusão de ambos, a amada morta (paralelo com a biografia - Constança - noiva
precocemente falecida de tuberculose);
→ traços
formais: sonoridade, percepção sensorial da realidade;
→ principais
poemas: “A Catedral”, “Ismália”, “As Mãos da Morte”.
Primeira escola que estudei, meu filho estudou... leva o nome de Cruz e Souza. Muito bom ficar conhecendo um pouco sobre a história.
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