sábado, 11 de fevereiro de 2017

Londres bombardeada



Um Heinkel He 111, bombardeio nazista, sobrevoa Londres no outono de 1940. O rio Tâmisa pode ser visto ao longo da imagem.

Há 80 anos, no auge da Segunda Guerra Mundial, aviões da Alemanha nazista iniciavam uma operação de bombardeios a Londres que duraria oito meses e ficaria conhecida como a “Blitz de Londres”. Segundo o jornal britânico The Guardian, no fim da tarde do dia 7 de setembro, aeronaves alemãs voaram baixo, sobre o rio Tâmisa, e iniciaram o ataque despejando bombas no porto da cidade.

“Foi a cena mais incrível, impressionante e arrebatadora”, escreveu Colin Perry, morador de Londres na época, em memórias publicadas anos mais tarde. “Diretamente sobre mim, havia literalmente centenas de aviões. O céu estava cheio deles”.

“Eu ainda posso lembrar muito vivamente. Nós vivíamos em Abbey Wood. Minha mãe estava fazendo pão na cozinha. Eu estava brincando do lado de fora e o meu pai estava escavando o jardim. De repente, ele correu para dentro. Ele tinha visto aviões. 'Rápido, rápido, rápido, entrem no abrigo antiaéreo', e nós corremos para o abrigo em nosso jardim”, contou ao The Guardian Mavis Fabbling, 80 anos, moradora de Londres na época.

Segundo o jornal, a capital britânica já havia sido bombardeada anteriormente, mas o ataque do dia 7 de setembro de 1940 foi a primeira operação concentrada. Ela foi ordenada por Hitler no dia 5, em retaliação ao bombardeio da força aérea britânica a Berlim, realizado dias antes.

A primeira noite da chamada “Blitz de Londres” provocou a morte de 430 pessoas, incluindo sete bombeiros, afundou 60 barcos e destruiu o porto da cidade. No dia seguinte, novos bombardeiros mataram mais 400 pessoas.

(noticias.terra.com.br)

Imagens de uma cidade quase destruída


Londres bombardeada


Bombardeio da Biblioteca da Holland House. Londres, 1940.


Refúgio no metrô


Inglesa toma chá depois do bombardeio a Londres em 1940.


Esse garoto foi fotografado lendo
sobre os restos de uma livraria em Londres,
bombardeada durante a guerra.


Um voluntário civil do Royal Observer Corps 
vigiando o céu de Londres.

Uma moda lançada nos horrores da guerra


Relato do jornalista Samuel Wainer

Na Inglaterra, testemunhei o espírito de sacrifício de um povo que sempre soube preservar seu orgulho. Como, por exemplo, o couro se transformara numa preciosidade, os ingleses aboliram os cintos e, em seu lugar, passaram a usar velhas gravatas. Usavam-nas como se estivessem no rigor da moda. Como os casacos se desgastavam nos cotovelos, os ingleses inventaram um pequeno pedaço de couro como proteção, algo que ainda hoje se usa. Eram provas de que o povo se mantivera criativo em meio aos horrores da guerra.

(Do livro “Minha razão de viver – Memórias de um repórter”,
de Samuel Wainer) 


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