Um Heinkel He 111, bombardeio
nazista, sobrevoa Londres no outono de 1940. O rio Tâmisa pode ser visto ao
longo da imagem.
Há 80 anos, no auge da Segunda Guerra
Mundial, aviões da Alemanha nazista iniciavam uma operação de bombardeios a
Londres que duraria oito meses e ficaria conhecida como a “Blitz de Londres”.
Segundo o jornal britânico The Guardian, no fim da tarde do dia 7 de setembro,
aeronaves alemãs voaram baixo, sobre o rio Tâmisa, e iniciaram o ataque
despejando bombas no porto da cidade.
“Foi a cena mais incrível,
impressionante e arrebatadora”, escreveu Colin Perry, morador de Londres na
época, em memórias publicadas anos mais tarde. “Diretamente sobre mim, havia
literalmente centenas de aviões. O céu estava cheio deles”.
“Eu ainda posso lembrar muito
vivamente. Nós vivíamos em
Abbey Wood. Minha mãe estava fazendo pão na cozinha. Eu
estava brincando do lado de fora e o meu pai estava escavando o jardim. De
repente, ele correu para dentro. Ele tinha visto aviões. 'Rápido, rápido,
rápido, entrem no abrigo antiaéreo', e nós corremos para o abrigo em nosso
jardim”, contou ao The Guardian Mavis Fabbling, 80 anos, moradora de Londres na
época.
Segundo o jornal, a capital britânica
já havia sido bombardeada anteriormente, mas o ataque do dia 7 de setembro de
1940 foi a primeira operação concentrada. Ela foi ordenada por Hitler no dia 5,
em retaliação ao bombardeio da força aérea britânica a Berlim, realizado dias
antes.
A primeira noite da chamada “Blitz
de Londres” provocou a morte de 430 pessoas, incluindo sete bombeiros, afundou
60 barcos e destruiu o porto da cidade. No dia seguinte, novos bombardeiros
mataram mais 400 pessoas.
(noticias.terra.com.br)
Imagens de uma cidade quase destruída
Londres bombardeada
Bombardeio da
Biblioteca da Holland House. Londres, 1940.
Refúgio no metrô
Inglesa toma chá depois
do bombardeio a Londres em 1940.
Esse garoto foi
fotografado lendo
sobre os restos de uma livraria em Londres,
sobre os restos de uma livraria em Londres,
bombardeada durante a
guerra.
Um voluntário civil do
Royal Observer Corps
vigiando o céu de Londres.
vigiando o céu de Londres.
Uma moda lançada nos horrores da guerra
Relato do jornalista
Samuel Wainer
Na Inglaterra, testemunhei o espírito
de sacrifício de um povo que sempre soube preservar seu orgulho. Como, por
exemplo, o couro se transformara numa preciosidade, os ingleses aboliram os
cintos e, em seu lugar, passaram a usar velhas gravatas. Usavam-nas como se
estivessem no rigor da moda. Como os casacos se desgastavam nos cotovelos, os
ingleses inventaram um pequeno pedaço de couro como proteção, algo que ainda
hoje se usa. Eram provas de que o povo se mantivera criativo em meio aos
horrores da guerra.
(Do livro “Minha
razão de viver – Memórias de um repórter”,
de Samuel Wainer)
de Samuel Wainer)
Nenhum comentário:
Postar um comentário