O Galeão português
“Botafogo” na conquista de Tunes.
(em primeiro plano em
baixo à esquerda)
Porque existe um bairro nobre chamado “Botafogo” no
Brasil?
Descubra a razão:
O galeão São João Baptista, mais
conhecido pela alcunha de “Botafogo” foi, na sua época, o mais poderoso navio
de guerra do mundo. Construído em 1534, tinha um deslocamento de cerca de 1000
toneladas e estava armado com 366 bocas de fogo de bronze, tendo por isso um
tremendo poder de fogo. Por essa razão tornou-se conhecido por “Botafogo”.
Esse navio foi usado em inúmeras
batalhas, tendo ficado famoso durante a conquista de Tunes. Quando Carlos V se
lançou na conquista de Tunes, solicitou apoio naval a Portugal, e pediu
especificamente o “Botafogo”. Nessa batalha, o “Botafogo” era comandado pelo
Infante D. Luís, irmão do Rei D. João III de Portugal e cunhado do Imperador
Carlos V.
O “Botafogo” liderou o ataque a Tunes
e foi o seu esporão que conseguiu quebrar as correntes do porto de La Goleta , que defendiam a
entrada, permitindo então à armada cristã a conquista da cidade de Tunes.
Um dos membros da tripulação do
galeão, chamado João Pereira de Sousa (1540?-1605), um nobre da cidade de
Elvas, tornou-se famoso porque era o responsável pela artilharia do navio, pelo
que também ele ganhou a alcunha de “Botafogo”, que foi incluído no seu apelido,
passando também aos seus descendentes.
Mais tarde, quando João Pereira de
Sousa se estabeleceu no Brasil, recebeu da Coroa Portuguesa terras junto da
baía de Guanabara, passando essa área a ser conhecida por “Botafogo”.
A chegada da família real portuguesa
ao Brasil e à cidade em 1808, mudou totalmente a vida de “Botafogo”. De bairro
rural, transformou-se no local preferido dos nobres que procuravam o bairro
para nele construir suas residências.
É por esta razão que existe até hoje um famoso bairro nobre na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro com o nome de “Botafogo”.
(Do Blog A bem da
Nação)
Cidade maravilhosa (e criativa)
Tem bairro com nome de pássaro, empresário, cidade
boliviana…
Piedade
A estação de trem nesse bairro na
zona norte da cidade se chamava Terra dos Gambás. Não muito atraente, né? O
diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil a rebatizou após receber uma
carta redigida pela esposa de um dos donos de uma chácara local: “Por piedade, doutor, troque o nome da nossa
estaçãozinha!”
Realengo
Outro nome com duas origens – uma
popular, outra tradicional. A explicação etimológica diz que “realengo”, em
germânico, são terras longe do controle real. A folclórica diz que, na verdade,
a região se chamava Real Engenho, mas a abreviação “Real Engº”, afixada nos
bondes, acabou se popularizando.
Copacabana
É uma palavra indígena… da
Bolívia! Na língua quíchua, dos incas, significa “mirante do azul”. Na aimará,
também boliviana, quer dizer “vista do lago” – e há mesmo uma cidade de
Copacabana à beira do Lago Titicaca. De lá, mercadores de prata trouxeram uma
imagem de Nossa Senhora de Copacabana, “importando” esse nome.
Bangu
A hipótese mais aceita é a de que
tenha surgido de banguê. Escravos africanos usavam o termo para designar tanto
a área nos engenhos onde se guardava o bagaço de cana-de-açúcar quanto um tipo
de transporte improvisado, feito de uma espécie de maca, para carregar cana,
tijolos e outros materiais.
Ipanema
A famosa praia deve seu nome a um
paulista! “Ipanema” (“rio sem peixe” em tupi) era um rio em Iperó, no interior
de São Paulo, perto do qual foi criada uma siderúrgica, em 1810. Seu dono
enriqueceu e virou o Barão de Ipanema. Seu filho, que herdou o título, adquiriu
os lotes em Copacabana que se transformaram no bairro.
Flamengo
Outra teoria para a origem de
Leblon remete ao navegador holandês Olivier van Noort, vulgo “Le Blond” (“O
Loiro”). Não é levada a sério, mas ele realmente batizou outra região:
“flamengo” era o adjetivo, na época, para designar quem nascia na região de
Flandres, na Holanda.
Vila Valqueire
Reza a lenda que um engenho de
cana na região possuía um terreno que se estendia por cinco alqueires (uma
unidade de medida agrária que varia conforme a região). Como a indicação era
grafada em números romanos, lia-se “V alqueires”, que, com o tempo, tornou-se
apenas Valqueire.
Maracanã
O lar de um dos maiores estádios
do mundo (e o maior brasileiro) abrigava outro símbolo nacional na época da
colonização portuguesa: o papagaio. Várias espécies dessa ave viviam em torno
de um rio na região. O nome tupi para o bicho, maraka'nã, acabou associado ao
curso d'água e, depois, ao bairro.
Leblon
Também é um sobrenome, do
empresário francês Charles Leblon (1804-1880, às vezes grafado como LeBlon).
Ele fabricava o óleo de baleia utilizado nos antigos postes de candeeiro que
iluminavam a cidade. Mas sua notoriedade veio mesmo de uma rixa com o
industrial Barão de Mauá.
Fontes: Sites Veja Rio, iG,
Diário do Rio, Wikipedia, Armazém de Dados Rio de Janeiro e Antigo Leblon.
Do Blog Mundo
Estranho
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