terça-feira, 29 de novembro de 2016

Era um biquíni


No livro O biquíni made in Brazil, a jornalista Lílian Pacce resgata o passado da peça no país. Aqui, ela escolhe e comenta importantes momentos desse ícone da moda.

Por Heloísa Negrão

→ Antes de 1500: uma tanga indígena pode ser considerada o primórdio do biquíni no país. “Se a influência portuguesa não tivesse sido tão forte, lidaríamos melhor com a nudez”, diz Lílian.


→ 1945: o duas-peças, pai do biquíni (de 1946), surge nas praias cariocas no corpo da alemã Miriam Etz (foto abaixo). Nos anos 50, vedetes como Carmem Verônica causam barulho. 


→ 1964: Brigitte Bardot passa férias em Búzios e revela o lugar ao mundo. Ela é clicada com um biquíni preto. “Começa a fama da sensualidade brasileira.” 


→ 1971: A atriz Leila Diniz polemiza ao ser fotografada, em Ipanema, grávida e de biquíni. Foi acusada de “deboche contra a maternidade”, escreve Lilian na obra.


→ 1980: a década é marcada pelas criações de Alcindo Pereira da Silva Filho, dono da Bumbum Brasil. Ele reduziu o tamanho dos biquínis e criou sucessos como o fio dental e o asa-delta. 


→ 2000: o primeiro desfile de Gisele Bündchen usando biquíni é um hit. Segundo Lílian, foi com ela que a moda “sensual e solar” estourou como sinônimo de criação nacional.


→ 2013: ocorre um “toplessaço” no Rio. O protesto lembra quando atrizes da Globo foram expulsas de Ipanema em 1980 ao gravarem cenas sobre a proibição do topless para a novela Água viva. “A história se repete”, diz Lílian.


Jamila Sandora

→ 2016: “O biquíni chega aos 70 anos quase virando um duas-peças de novo, mas passa a ser uma roupa. O desfile da Miu Miu, em Paris, trouxe essa moda praia usada na vida real. Sensacional”. Afirma Lílian.

Abaixo, a capa do livro:


(Matéria da Revista da Gol)



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