No livro O biquíni made in Brazil, a jornalista Lílian Pacce resgata o
passado da peça no país. Aqui, ela escolhe e comenta importantes momentos desse
ícone da moda.
Por Heloísa Negrão
→ Antes de 1500: uma tanga indígena pode ser considerada o primórdio
do biquíni no país. “Se a influência portuguesa não tivesse sido tão forte,
lidaríamos melhor com a nudez”, diz Lílian.
→ 1945: o duas-peças, pai do biquíni (de 1946), surge nas praias
cariocas no corpo da alemã Miriam Etz (foto abaixo). Nos anos 50, vedetes como
Carmem Verônica causam barulho.
→ 1964: Brigitte Bardot passa férias em Búzios e revela o lugar ao
mundo. Ela é clicada com um biquíni preto. “Começa a fama da sensualidade
brasileira.”
→ 1971: A atriz Leila Diniz polemiza ao ser fotografada, em Ipanema,
grávida e de biquíni. Foi acusada de “deboche contra a maternidade”, escreve
Lilian na obra.
→ 1980: a década é marcada pelas criações de Alcindo Pereira da Silva
Filho, dono da Bumbum Brasil. Ele reduziu o tamanho dos biquínis e criou sucessos
como o fio dental e o asa-delta.
→ 2000: o primeiro desfile
de Gisele Bündchen usando biquíni é um hit. Segundo Lílian, foi com ela que a
moda “sensual e solar” estourou como sinônimo de criação nacional.
→ 2013: ocorre um “toplessaço” no Rio. O protesto lembra quando
atrizes da Globo foram expulsas de Ipanema em 1980 ao gravarem cenas sobre a
proibição do topless para a novela Água
viva. “A história se repete”, diz Lílian.
Jamila Sandora
→ 2016: “O biquíni chega aos 70 anos quase virando um duas-peças de
novo, mas passa a ser uma roupa. O desfile da Miu Miu, em Paris, trouxe essa
moda praia usada na vida real. Sensacional”. Afirma Lílian.
Abaixo, a capa do livro:
(Matéria da Revista da Gol)
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