quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O primeiro judeu do Brasil



Velho judeu sefardita

O primeiro judeu do Brasil foi um degredado, largado à própria sorte no litoral sul de São Paulo, em 1501, de nome Cosme Fernandes Pessoa, apelidado de “O Bacharel”, por sua grande cultura.

Sobreviveu heroicamente no ambiente selvagem, tendo escapado da morte por índios canibais, por ter disparado a arma de fogo que trazia.

Fundou o primeiro povoado do Brasil, Cananeia e também Jureia, derivados de Canaã e Judeia.

Criou um gueto de judeus degredados espanhóis, com um exército formado por 1000 índios, grande parte deles seus filhos (tinha uma esposa oficial filha do cacique local, mais outras namoradas, porque a poligamia era um costume nativo).

Como empreendedor, criou um estaleiro e porto, abastecendo navios que passavam pela região, vendendo água e suprimentos, assim como embarcações feitas no seu estaleiro.

Foi o verdadeiro fundador da cidade de São Vicente, no litoral sul, tendo sido obrigado a sair de lá com a chegada da expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531.

Inconformado com a saída de São Vicente, refugiou-se em Cananeia, retornando à antiga cidade de onde fora expulso, para incendiá-la e saqueá-la, pois era contra Portugal e contra os cristãos novos portugueses, sendo um judeu resistente à assimilação (possivelmente o motivo do seu degredo).

Descobriu minas de ouro no litoral sul de São Paulo, região de Iguape, tornando-se o homem mais rico e influente do Brasil naquele tempo.

Era um judeu rebelde ao domínio português, e acolhia de forma independente seus irmãos perseguidos pela inquisição, na maioria espanhóis.

A notícia das suas minas de ouro chegou ao conhecimento do rei de Portugal, por conta de dois traidores, que por inveja e cobiça, firmaram parceria com o monarca português, prometendo mostrar onde ficavam as minas de ouro do “Bacharel”.

Por conta disso, vieram juntamente com os dois traidores, um grupo de 80 portugueses a mando do rei, para irem até as minas de Cosme Fernandes, devidamente armados e equipados para explorar o valioso metal naquelas terras remotas do litoral de São Paulo.

Cosme Fernandes não perdoava traidores: numa emboscada indígena, todos os exploradores portugueses foram mortos, inclusive os que o traíram, tendo sido devorados pelos nativos canibais.

Então, por que nos livros de história não consta este degredado, sendo mencionado, erradamente, que o primeiro degredado do Brasil seria outro judeu, Diogo Álvares, “O Caramuru”, que chegou ao Brasil décadas após “O Bacharel”?

A resposta é simples: Não interessava falar de um judeu contra o reino de Portugal, mas de outro judeu, que embora também tivesse sido degredado, posteriormente tornou-se aliado de Portugal, assimilando-se como cristão.

Fonte: Dra. Carmem Nogueira

(Do Blog Portal Judaico)

Observações

Esta compilação está no Museu Histórico de São Vicente, Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananeia, não era português e sim um espanhol expulso, em 1492, tendo se refugiado em Portugal, sabe se que a ida de Cananeia para Iguape e São Vicente foi por embarcações náuticas, esta é uma história bem conhecida no litoral paulista!

Fatos bem conhecidos no litoral paulista, Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananeia, tinha essa liderança e empreendedorismo, pois era um rabino espanhol expulso em 1492. Sua epopeia esta narrada no Museu Histórico e Geográfico de São Vicente sendo o pesquisador Fernando Martins Licht, o autor!

Silvio Naslauski


Pelo Telefone



A versão oficial e a que o povo preferia cantar.

No dia 20 de outubro de 1916, Aurelino Leal, chefe de polícia do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, determinou por escrito aos seus subordinados que informassem “antes pelo telefone” (as aspas são nossas), aos infratores, a apreensão do material usado no jogo de azar. Imediatamente o humor carioca captou a comicidade do episódio, que ao lado de outros foi cantada em versos improvisados nas festas de Tia Ciata e registrado rapidamente por Donga em seu nome, na Biblioteca Nacional. É lógico que os versos “oficiais” eram diferentes daqueles que ridicularizavam o chefe de polícia. Sua versão popular, a que corria na boca das ruas dizia:

Versão das ruas (1916)

O chefe da polícia
pelo telefone
manda me avisar,
que na Carioca
tem uma roleta
para se jogar...

Ai, ai, ai
o chefe gosta da roleta,
ô Maninha.
Ai, ai, ai,
ninguém mais fica porreta,
é, Maninha.

O chefe Aurelino,
Sinhô, Sinhô,
é bom menino.
Sinhô, Sinhô,
pra se jogar,
Sinhô, Sinhô,
de todo jeito,
Sinhô, Sinhô.
O bacará
Sinhô, Sinhô,
o piguelim,
Sinhô, Sinhô,
tudo é assim.

Versão oficial (de Donga)

O chefe da folia
Pelo telefone
manda me avisar,
que com alegria
não se questione
para se brincar.

Ai, ai, ai
deixa as mágoas para trás
ó rapaz!
Ai, ai, ai
Ai, ai, ai
fica triste se és capaz
e verás.

Tomara que tu apanhes
pra nunca mais fazer isso
tirar amores dos outros
e depois fazer feitiço...

Ai, a rolinha
Sinhô, Sinhô
é que a avezinha
Sinhô, Sinhô,
nunca sambou
Sinhô, Sinhô,
porque esse samba,
Sinhô, Sinhô,
é de arrepiar,
Sinhô, Sinhô,
põe perna bamba,
Sinhô, Sinhô,
me faz gozar,
Sinhô, Sinhô.

O “Peru” me disse
se o “Morcego” visse
eu fazer tolice,
que eu então saísse
dessa esquisitice
de disse que não disse

Ai, ai, ai
aí está o canto ideal
triunfal
viva o nosso carnaval,
sem rival.

Se quem tira amor dos outros
por Deus fosse castigado
o mundo estava vazio
e o inferno só habitado.

Queres ou não
Sinhô, Sinhô,
vir pro cordão,
Sinhô, Sinhô
do coração,
Sinhô, Sinhô
por este bamba.

Versão contestatória (1917)

Pelo telefone
A minha boa gente
Mandou avisar,
Que meu bom arranjo
Era oferecido
Para se cantar.

Ai, ai, ai
Leve a mão na consciência
Meu bem,
Ai, ai, ai
Mas por que tanta presença, meu bem?

Ó que caradura
De dizer nas rodas
Que esse arranjo é teu!
É do bom Hilário
E da velha Ciata
Que Sinhô escreveu.

Tomara que tu apanhes
Para não tornar a fazer isso
Escrever o que é dos outros
Sem olhar o compromisso.

A letra registrada por Donga, que passou a ser conhecida com original e aparece nas gravações até hoje, é alongada, homenageando o “Peru”, o jornalista Mauro de Almeida, co-autor da obra, e o “Morcego”, Norberto do Amaral Júnior, figura conhecida no Clube dos Democráticos, incorpora também elemento do folclore nordestino.

Cantado em público pela primeira vez (segundo Almirante) no Cinema Teatro Velo, à rua Haddock Lobo, na Tijuca, despertou de imediato a cobiça alheia e – com razão ou sem ela – contestações quanto à autoria de Donga pipocaram de todos os lados. Houve, inclusive uma versão cantada no carnaval de 1917 o verdadeiro tango Pelo Telefone dos carnavalescos João da Mata, o imortal Mestre Germano, Tia Ciata, Hilário, com arranjo do pianista Sinhô, denunciando Donga nas entrelinhas.


Ernesto dos Santos, o Donga, registrou,
mas o primeiro samba teve vários compositores.
  
(Pesquisa do fascículo número 1 “Os Grandes Sambas da História”)


terça-feira, 29 de novembro de 2016

E agora, pai?

Nelson Motta*


Muitas vezes, quando não sei o que fazer diante de uma situação, penso no que meu pai faria. E faço.

Quando eu estava furioso e indignado com injustiças e torpezas, querendo quebrar tudo, ele aconselhava serenidade e tolerância, não como submissão e resignação, mas como prova de superioridade moral e força dos meus argumentos.

Como grande advogado e conhecedor do sistema judicial brasileiro, com todas as suas mazelas e atrasos, sempre me dizia que brigar era o pior negócio, pela perda de tempo e dinheiro, e buscava acordos que contentassem as partes.

Desde pequeno, ele me buzinava que se leva uma vida para construir um conceito ‒ e que basta um erro para perdê-lo. Recuperar um bom conceito custa muito mais tempo e sacrifícios do que construí-lo.

Ele e eu não somos santos, temos muitas falhas e fraquezas, mas entre elas não estão a covardia e a prepotência: “Você tem que ser humilde com os humildes e altivo com os poderosos.”

Tratava empregados melhor do que patrões, sempre nos dizia que qualquer pessoa que trabalhava para ganhar a vida era superior a nós, que só estudávamos e vivíamos às suas custas.

Quando crianças, eu e minha irmã às vezes disputávamos o último guaraná, ou o último pedaço de bolo, e ele lançava a sentença fatídica: “Um divide, e o outro escolhe”. Eram horas contando gotas e grãos para não dar vantagem ao que escolhia, fazendo justiça sem querer.

Ultimamente, tenho solicitado bastante o que seriam as suas possíveis opiniões diante da loucura que se tornou o Brasil, para não sair xingando e distribuindo inúteis coices e cusparadas verbais.

“Calma, meu filho, assim você não vai conseguir nada. Os que te inspiram ódio vão seguir em frente, eles não ligam de serem odiados, e você fica com o ódio lhe envenenando a alma e confundindo seu pensamento.”

A última vez que estive com ele, já com 92 anos e muito debilitado, “de saco cheio de viver”, perguntei-lhe como estava, e ele respondeu: “E você, como está?”. “Eu estou bem, é você que interessa”. “Ah, meu filho, ficar velho é uma merda.” “Mas, pai, não ficar é pior ainda.”

E rimos juntos pela última vez.

*****

*Jornalista, escritor, compositor, escritor, roteirista e produtor musical.





Era um biquíni


No livro O biquíni made in Brazil, a jornalista Lílian Pacce resgata o passado da peça no país. Aqui, ela escolhe e comenta importantes momentos desse ícone da moda.

Por Heloísa Negrão

→ Antes de 1500: uma tanga indígena pode ser considerada o primórdio do biquíni no país. “Se a influência portuguesa não tivesse sido tão forte, lidaríamos melhor com a nudez”, diz Lílian.


→ 1945: o duas-peças, pai do biquíni (de 1946), surge nas praias cariocas no corpo da alemã Miriam Etz (foto abaixo). Nos anos 50, vedetes como Carmem Verônica causam barulho. 


→ 1964: Brigitte Bardot passa férias em Búzios e revela o lugar ao mundo. Ela é clicada com um biquíni preto. “Começa a fama da sensualidade brasileira.” 


→ 1971: A atriz Leila Diniz polemiza ao ser fotografada, em Ipanema, grávida e de biquíni. Foi acusada de “deboche contra a maternidade”, escreve Lilian na obra.


→ 1980: a década é marcada pelas criações de Alcindo Pereira da Silva Filho, dono da Bumbum Brasil. Ele reduziu o tamanho dos biquínis e criou sucessos como o fio dental e o asa-delta. 


→ 2000: o primeiro desfile de Gisele Bündchen usando biquíni é um hit. Segundo Lílian, foi com ela que a moda “sensual e solar” estourou como sinônimo de criação nacional.


→ 2013: ocorre um “toplessaço” no Rio. O protesto lembra quando atrizes da Globo foram expulsas de Ipanema em 1980 ao gravarem cenas sobre a proibição do topless para a novela Água viva. “A história se repete”, diz Lílian.


Jamila Sandora

→ 2016: “O biquíni chega aos 70 anos quase virando um duas-peças de novo, mas passa a ser uma roupa. O desfile da Miu Miu, em Paris, trouxe essa moda praia usada na vida real. Sensacional”. Afirma Lílian.

Abaixo, a capa do livro:


(Matéria da Revista da Gol)



terça-feira, 22 de novembro de 2016

Delírios de um vestibulando



É de autoria de Thaís Cortez, que discorreu sobre um tema livre, no Curso Objetivo Santo Amaro, publicado na edição de Setembro/2000 do BICO (Boletim Informativo do Colégio Objetivo).

Sentada naquela praça, procurava distrair-me observando as moléculas brincando enquanto aguardava a condução que não vinha. Foi quando me deparei com a cena que procuro descrever, tal qual a vi. Dona Hipotenusa caminhava lentamente, trazendo no colo Cateto, seu filho. Seu marido Isósceles caminhava logo atrás do tio, Escaleno. Formavam um triângulo amoroso, segundo diziam.

E observaram uma Tangente solitária que ali estava. Foi quando Bissetriz, moça afoita e apressada, tropeçando em um ângulo obtuso, caiu, machucando-se na diagonal. Acudiram todos, em uma espiral descendente. “É a enésima vez que caio”, dizia a moça. “É preciso derivar a exponencial cúbica”, observou um logaritmo que chegava, passeando com seu decimal de estimação. Cateto riu, o que deixou a Bissetriz em um estado secante, quase chorosa. Foi Dª Hipérbole que, traçando paralelas com os braços, a socorreu. Hipotenusa, ao ver sua irmã recém-chegada, recriminou-a pelo atraso poligonal sem se dar conta de que estava, ela também, milimetricamente atrasada. Um quilômetro lotado virou a esquina; Isósceles e Escaleno fizeram menção de subir, mas desistiram, enquanto Tangente decidiu ir mesmo assim, já que estava atrasada para mais infinito.

Da condução desceram os irmãos Próton e Nêutron, que logo perceberam estar na equação errada. Pequenos átomos alçaram vôo em direção à pirâmide de uma elipse perfeita. Os irmãos eram opostos pelo vértice – um côncavo, o outro convexo – e logo passaram a discutir: “Seu pleonasmo, não viu que ainda não era a Paroxítona? Estamos na Proparoxítona!” A discussão parecia aquecer em graus Celsius, quando chegou a autoridade. O Máximo Divisor Comum chegou impondo uma regra de três simples, incógnita à mostra, bradando em sustenido: “Chega desta metáfora aqui!” Foi quando chegaram as três irmãs Próclise, Mesóclise e Ênclise, sorvendo vogais enquanto discutiam quem ia à frente, no meio ou atrás da fila que se formava à espera da condução. O polígono chegou dirigido por Pitágoras, velho conhecido de Dª Hipotenusa e do filho Cateto. “Falta o outro”, dizia enquanto desacelerava o vetor. Quando, por fim, a praça se esvaziou, observei Co-seno e sua mulher Mediatriz, que estava para ter um determinante em breve. “É só uma fase”, pensei eu, mas logo me dei conta de que são duas. “Mas elas vão passar. Ou melhor, eu vou.” Entrei no ônibus.




Novas almanaquianas




O pretexto para o divórcio

Uma senhora de boa aparência entrou no escritório de um advogado e, sem mais explicações, declarou que queria divorciar-se.
- Mas a que pretexto? – perguntou o advogado.
A senhora replicou que suspeitava da fidelidade do marido.
- Mas em que é que a senhora se baseia para concluir que ele não lhe é fiel?
- Bem – respondeu a senhora – eu acho que ele não é o pai do meu filho!

O apaixonado

Um apaixonado daqueles insistentes esgota a paciência da amada indiferente.
- Pelo amor de Deus, vá embora! Eu não quero mais vê-lo!
- Não faça isso! - pede ele. - Eu vou, mas diga que eu posso voltar um dia!
- Está bem! – suspira ela. - Pode voltar, sim, daqui a uns vinte anos!
E ele:
- De manhã, à tarde ou à noite?...

Impressão

- Fui à livraria e sofri profunda impressão.
- Por quê?
- Porque me pus a olhar os títulos e me dei conta da profundidade de minha ignorância. Não conhecia nenhum.

No teatro

O autor novo estava desolado pelo fracasso de sua primeira obra e um conhecido comediógrafo lhe dizia:
- Não se aflija, todos nós estamos sujeitos a isso. Quando estreei minha primeira obra, os espectadores de três filas da plateia me apuparam ruidosamente.
- Sim, e o resto do teatro?
- Estava vazio.
No restaurante

- Como achou o bife, senhor?
- Com alguma dificuldade e depois de procurá-lo durante algum tempo. Estava debaixo de uma batata frita.

Na farmácia

Entra um freguês na farmácia e pede:
- Por favor, me dê dez reais de naftalina.
O farmacêutico encosta a escada na armação e sobe até p topo para pegar o vidro onde estão as naftalinas. Desce com o vidro, serve o freguês, recebe o dinheiro, torna a subir a escada e põe o vidro de volta no lugar. Depois desce.
 Entra outro freguês.
- Por favor, me dê dez reais de naftalina.
O farmacêutico repete o ritual de encostar a escada, subir, apanhar o vidro, servir o freguês e tornar a subir a escada para recolocar o vidro no lugar. Quando estava lá em cima, entra mais um freguês, e ele já pergunta, para se prevenir:
- Dez reais de naftalina?
- Não, responde o freguês.
O farmacêutico desce e chega no balcão.
- Então, o que o senhor deseja?
- Cinco reais de naftalina.


Globalização




Qual é a mais correta definição de Globalização?

Resposta: 

A Morte da Princesa Diana. 

Pergunta: Por quê? 

Resposta:

Uma princesa inglesa com um namorado egípcio sofreu um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico americano, que usou medicamentos brasileiros.

Adendo brasileiro...

E isto é enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia americana e, provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico que usa chips feitos em Taiwan, e um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, após reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por judeus, através de uma conexão paraguaia.


Alguma dúvida? 

Bolachas




Era uma vez uma moça que estava à espera de seu voo, na sala de embarque de um grande Aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu voo, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: “Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, dar-lhe-ia um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!”

A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir.

Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: “O que será que este abusado vai fazer agora?”

Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela.

“Ah! Aquilo era demais!” Ela estava bufando de raiva!

Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião, olhou dentro da bolsa para pegar uma bala, e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho!

Ela sentiu tanta vergonha! Só então ela percebeu que a errada era ela, sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas...

Refletindo: Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos outros, e não temos a consciência disto? Há quem proceda de forma muito diferente da que nós gostaríamos. Isso tira a nossa calma e nos dá a impressão de que ninguém faz nada certo.

Raciocine claramente! Antes de concluir, observe melhor! Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa!

Não pense o que não sabe sobre as pessoas. O que passou, passou...

Converse mais! Seja mais leve... Não se preocupe...

Viva, simplesmente...

Que todos comam muitas bolachas esta semana, conhecendo, respeitando e curtindo o próximo...


(Autor desconhecido)

Uma literatura Popular




O graffiti

No caderno dedicado quase que integralmente às manifestações de arte popular na rua, a paredes pintadas, a muros coloridos, nada poderia ser melhor do que recordar, um rápido levantamento, uma das mais espontâneas manifestações populares: o “graffiti”.

Por sua própria forma e pelos locais onde é encontrado com maior frequência (banheiros públicos), o graffiti custou muito a ser levado a sério. Vão aqui alguns exemplos de graffitis recolhidos de livros e de locais bem menos recomendáveis:


O direito de viver não se mendiga, se toma.

Dormindo se trabalha melhor: Formem comitês de sonhos!

A inteligência caminha mais que o coração, mas não vai tão longe.

É preciso explorar sistematicamente o azar.

Estamos tranquilos: 2 mais 2 já são 4.

Somente a verdade é revolucionária.

Abaixo o realismo socialista! Viva o surrealismo!

Sou marxista de tendência Groucho.

As reservas impostas ao prazer excitam o prazer de viver sem reservas

Amai-vos uns sobre os outros.

Exagerar: esta é a arma.

A revolução é incrível, porque é verdadeira.


§ § §


Todos estes graffitis transcritos acima, decoraram as paredes das Universidades Francesas em maio de 1968.


Grafittis de banheiros de Universidades

Condensem sopas, não livros.

Pra cima com as minis.

Coma merda! Um milhão de moscas não podem estar enganadas!

Ando armado até os dentes. Agora estou contente e atemorizado.

Batman ama Robin.

Estive aqui. Esperem-me, Godot.

Antes de Freud o sexo era um prazer. Agora é uma necessidade.

Que chato ficar velho...

Tenho nove anos e já sei vir aqui sozinho.

Nunca bebo vinho. Drácula.

Um dia chegará o dia em que o dia não chegará.

Não se desespere, O prefeito já vai.

Jesus salva, Moisés inverte, mas só Buda paga dividendos.

Enquanto você lê isto na parede, está mijando os pés do cara ao seu lado.

Não banques o artista, usa as mãos.

Trump para ex-presidente!

Caramelos podem ser gostosos, mas sexo não provoca cáries.

Sorria enquanto estiver mijando, existe aqui uma câmera escondida.

O futuro do Brasil está nas tuas mãos.

Nós somos a gente com quem nossos pais nos ensinaram a ter cuidado.

Mija e não me leias, seu filho da puta.

Deus está vivo e mora no Paraguai.

Qual o resgate pelo futebol do nosso time?


Fazenda Brasil


Bois , bezerras e senadores milionários...


O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) começou a percorrer o país com um folheto que escreveu e que andava distribuindo a quem via pela frente, como parte de uma campanha contra a corrupção.

A “obra” chamava-se “Fazenda Brasil” e tinha por subtítulo “Uma fábula sobre os que juntam fabulosa riqueza pecuniária com pecuária”.

O texto é um pouco antigo, mas é sempre atual em se tratando dos desmandos que sempre ocorrem no Brasil.

“Ê vida de gado... Enquanto você estava pensando na morte da bezerra, donos de enormes currais eleitorais aumentavam seu pecúlio com aberrantes negócios pecuários. Com cara de boi sonso, eles vêm com aquela conversa para boi dormir, jurando que não tem boi na linha, que foi tudo limpo como leite pasteurizado de vaca premiada, livre de aftosa.

Não fique chorando o leite derramado! Vamos dar nome aos bois: não é vaca Estrela e boi Fubá, é Roriz, o boi de piranha, é Renan, Quintanilha, Gim, Jucá... A situação na Ré-pública está de vaca desconhecer bezerro.

Algumas Excelências estão mais enroladas que novilha atolada até o chifre, mas quem não se sente como rês desgarrada nessa multidão-boiada caminhando a esmo? Aonde a vaca vai o boi vai atrás, e periga chegarmos todos ao matadouro, valendo quase nada a arroba.

Berre, povo marcado, não deixe a vaca ir para o brejo! Não diga amém como vaquinha de presépio, recuse ser gado: chega de avacalhação com o dinheiro da Nação. Damos um boi para não entrar numa briga, mas uma boiada para não sair dela! É o estouro da manada, que chuta o balde, arrebenta as cercas e caminha, livre, para verdes pastagens.

Só assim poderemos ninar em paz nossas crias, para que elas não chorem como bezerro desmamado:

“Boi, boi, boi, boi da cara preta Pega senadores que encheram a maleta.”




O desaparecimento do diplomata sueco



Diplomata sueco Raoul Wallenberg ajudou dezenas de milhares de judeus a escapar do regime nazista e acabou preso em Budapeste em 1945

Budapeste, Hungria, 1945. O diplomata sueco Raoul Wallenberg é detido naquele ano por militares soviéticos que entraram na cidade perto do final da Segunda Guerra e nunca mais é visto.

Em 1957, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que ele tinha morrido após um ataque cardíaco em 17 de julho de 1947 na prisão de Lubyanka, em Moscou.

A família do diplomata não acreditou nesta versão e passou décadas tentando descobrir o que realmente tinha acontecido.

Até que eles finalmente desistiram e pediram à Agência Tributária da Suécia para declarar Wallenberg oficialmente morto.

A agência atendeu ao pedido no fim de outubro de 2016, 71 anos depois do desaparecimento.

Mas Wallenberg não era um diplomata comum. Durante sua estada em Budapeste, ele ajudou milhares de judeus a escapar dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e sua história se transformou em lenda depois de 1945.

Mesmo sendo considerado o "Schindler sueco", ainda persiste o mistério sobre o verdadeiro destino do diplomata.

Resgate

Wallenberg nasceu na Suécia em 1912. Em julho de 1944 chegou a Budapeste, já ocupada pelos nazistas, para trabalhar como diplomata.

Naquele mesmo ano, ele começou os esforços para resgatar judeus.

Os alemães já tinham deportado quase 440 mil judeus da Hungria em apenas dois meses. A maioria deles tinha ido para o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

Wallenberg, então, começou a emitir documentos suecos que protegeriam seus portadores e evitariam que mais judeus fossem deportados. Com estes documentos eles iriam para a Suécia.

Antes da chegada de Wallenberg, a embaixada sueca em Budapeste já emitia documentos de viagem para judeus húngaros, que funcionavam como passaportes do país.

Rolf Broberg/Creative Commons


Memorial em homenagem a Raoul Wallenberg em Göteborg, na Suécia; diplomata foi declarado morto oficialmente no mês passado. (outubro de 2016)

Wallenberg decidiu modificar a aparência destes documentos, para dar um cunho mais oficial aos passes. Ele acrescentou as cores da bandeira sueca e colocou selos com a coroa sueca. Estes documentos ficaram conhecidos como os "passes de proteção" (ou "Schutzpass" em alemão).

Wallenberg negociou com o governo húngaro para emitir quase 5 mil destes passes. De acordo com a Fundação Internacional Raoul Wallenberg, o diplomata chegou a entregar três vezes mais do que 5 mil documentos.

Algumas pessoas faziam filas na embaixada sueca em Budapeste para retirar estes documentos de viagem, mas Wallenberg e os funcionários diplomáticos também distribuiam os passes pela cidade.

Uma testemunha relatou à BBC como o diplomata interceptou um trem cheio de judeus que estava prestes a sair de Budapeste com destino a Auschwitz.

Wallenberg subiu no teto dos vagões do trem levando um pacote de passaportes e começou a distribuir os documentos para mãos estendidas pelas janelas abertas.

O diplomata também comprou e alugou mais de 30 edifícios em Budapeste, incluindo hospitais, e colocou bandeiras suecas em suas portas. Desta forma, estes locais funcionavam como território neutro e pelo menos 15 mil judeus se refugiaram nestes prédios.

Wallenberg foi homenageado no Memorial do Holocausto, o Yad Vashem, em Jerusalém, como um dos "Justos entre as Nações".

Ataque cardíaco ou execução?

A teoria mais comum sobre o destino de Wallenberg é que ele morreu em uma prisão soviética.

De acordo com o jornal sueco "Aftonbladet", em 19 de janeiro de 1945, Wallenberg foi encarcerado em Lubyanka, em Moscou, acusado de espionagem.

O "relatório Smoltsov", incluído no ano 2000 em uma investigação de uma equipe de especialistas russos e suecos, informou que o diplomata morreu de um ataque do coração em sua cela no dia 17 de julho de 1947, quando tinha apenas 34 anos.

Mas documentos do serviço secreto soviético, a KGB, tornados públicos em 1991, indicavam que Wallenberg tinha sido interrogado em Lubyanka no dia 23 de julho de 1947, ou seja, seis dias depois da data divulgada pelo "relatório Smoltsov".

A mãe de Wallenberg, Maj von Dardel, e seu padrasto, Fredrik von Dardel, cometeram suicídio em 1979.

Em agosto de 2016, o Congresso Mundial Judeu citou um relatório no qual se alegava que Wallenberg tinha sido executado em 1947. A informação vinha dos diários de Ivan Serov, ex-diretor da KGB, publicados em junho de 2016.

'Morte em 1952'

Em novembro de 2015 a família de Wallenberg pediu à Agência Tributária Sueca que ele fosse oficialmente declarado morto. "Será considerado que ele morreu em 31 de julho de 1952", afirmou a agência.

Pia Gustafsson, funcionária da agência, explicou que a data foi escolhida por ser exatamente "cinco anos depois de seu desaparecimento, que se acredita ter ocorrido no fim de julho de 1947".

Este procedimento segue uma lei sueca que se aplica quando as circunstâncias da morte de uma pessoa não ficam claras, disse Gustafsson à BBC.

O jornal sueco "Aftonbladet" informou que a família do diplomata pediu que ele fosse declarado morto oficialmente para "deixar Raoul descansar em paz".

 *****

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-11-14/
desaparecimento-schindler-raoul-wallenberg.html




Os problemas de uma sessão de cinema

20 coisas que não gostamos ao ir ao cinema


01 → Celular ligado durante a sessão:

Poucas situações irritam tanto quanto a luz da tela do celular ligada quando você está concentrado vendo um filme  e este é um mal que acontece com uma frequência cada vez maior. Ok, até entendemos quando a pessoa em questão está aguardando uma ligação ou mensagem importante - neste caso ela rapidamente deixa a sala e atende, para não atrapalhar os demais. Mas, tirando isso, não há perdão! É tão difícil assim ficar sem usar o aparelho por duas horas?

02 → Selfie dentro da sala de cinema:

Esta é uma consequência direta do item anterior. Se já é ruim ser distraído pela luz do celular, imagine quando alguém resolve tirar uma selfie dentro da sala, durante o filme, e solta aquele flash básico que a tudo ilumina? Se a ideia é celebrar a ida ao cinema, custa tirar a selfie ANTES ou DEPOIS da sessão? Os demais agradecem.

03 → Uso do 3D:

Existe uma diferença gritante entre filmes rodados com câmeras 3D e aqueles que, após o término das filmagens, passam por um processo de conversão e, com isso, apresentam uma qualidade pior. Isto muitas vezes provoca um descontentamento com o 3D, desnecessário em vários filmes, mas quase sempre utilizado pelos grandes estúdios para que possa ser cobrado um ingresso mais caro.

04 → Limpeza dos óculos:

A lei prevê que todos os óculos utilizados nas sessões precisam passar por um processo de higienização para quem sejam reaproveitados. Entretanto, nem sempre isto acontece com o cuidado necessário. Conhecemos o caso de uma pessoa que pegou conjuntivite graças aos óculos 3D sujo.

Na França, é possível comprar o seu óculos 3D na própria sala de cinema, por um preço acessível. Desta forma, você mesmo carrega o seu óculos sempre que desejar. Transferir ao espectador a responsabilidade pela limpeza seria uma saída, além de possibilitar um preço menor devido à diminuição do volume a ser higienizado a cada nova sessão realizada. E você ainda teria um souvenir especial para chamar de seu!

05 → Expansão dos filmes dublados:

Aqui o problema é econômico: cada vez mais há cópias dubladas no circuito, deixando as versões legendadas relegadas a horários noturnos (bem tarde) ou a certas localidades. Nada contra o trabalho dos dubladores brasileiros, mas ver a versão original é essencial para compreender na íntegra qual é a proposta do diretor e do elenco ao criar determinado personagem. Sem falar que é um ótimo meio de exercitar o inglês e a própria língua portuguesa, graças à inevitável comparação entre o que se ouve e o que se lê.

06 → Várias salas para o mesmo filme:

Esta é uma situação corriqueira no período do verão americano: você chega ao multiplex com 10 salas (ou mais) e, na prática, apenas três ou quatro filmes estão em exibição. É natural que os filmes de maior procura tenham mais salas, mas muitas vezes o número disponibilizado para um grande lançamento é tão excessivo que nada mais consegue espaço no circuito. A diversidade é essencial para o bom cinéfilo, não apenas pela variedade de gêneros e opiniões, mas também para ter algo mais a assistir após ver o tal blockbuster que a tudo ocupa.

07 → Projeção ruim:

Você chega à sala de cinema, todo empolgado em assistir ao filme e... a projeção não está nada boa. Pode ser problema na iluminação, intensa ou fraca demais, uso da janela errada ou até mesmo fora de foco. Não importa, quaisquer destas opções é suficiente para causar uma forte frustração no espectador.

08 → Cadeiras desconfortáveis:

O conceito do multiplex inclui que as salas de cinema tenham poltronas confortáveis, com apoio para a cabeça e, em alguns casos, até reclináveis (isto sem falar do conforto das salas VIP). Apesar disto, algumas salas têm o sério problema de pouco espaço entre as fileiras, algo incômodo especialmente para quem é mais alto.

09 → Ingressos mais caros:

A expansão do circuito cinematográfico no Brasil é uma ótima notícia! Entretanto, várias das novas salas estão apostando no formato VIP, mais luxuosa, ou com telas gigantescas e áudio potente, tipo IMAX. Ok, é bem verdade que elas são superconfortáveis e de uma qualidade impressionante, mas isto também significa um preço maior - às vezes, até três vezes mais caro que o de uma sala convencional.

10 → Pipoca mais cara que o ingresso:

Este é outro fenômeno que está se tornando cada vez mais comum: o preço do tradicional combo pipoca mais refrigerante (ou água) custa mais caro que o preço do ingresso. Por mais que boa parte do faturamento das exibidoras saia justamente do que é ganho na bombonière, a supervalorização pesa (bastante) no bolso do cinéfilo.

11 → Pessoas conversando durante a sessão:

De vez em quando comentar algo do filme com a pessoa ao seu lado, tudo bem. Faz parte da experiência e até da diversão de ver um filme a dois (ou em grupo). Mas conversar a todo instante, discutindo ou não o que aparece na tela, não dá! Acaba prejudicando todos os que estão à sua volta - que, com razão, muitas vezes soltam o famoso "shhhhh!"

12 → Erros de tradução na legenda:

Este tópico na verdade reúne dois problemas: há os erros de português mesmo, cometidos por uma legendagem mal feita ou que não tenha sido revisada (vide o que acontece em Neruda) e há ainda as adaptações à brasileira feitas por aqui, que em alguns casos ficam ridículas. Um exemplo? A cena de Batman & Robin em que o menino-prodígio grita "Cowabunga!" no original. No Brasil, virou "Ah, eu tô maluco!". É sério!

13 → Excesso de comerciais e trailers:

É bacana assistir a trailers antes da sessão começar. É possível conhecer melhor o que vem por aí e ainda dá um tempinho extra para quem chegou um pouco atrasado. Entretanto, certas exibidoras exageram no material exibido. São vários os casos em que, entre comerciais e trailers, o bloco de anunciantes leva de 20 a 30 minutos!

14 → Ar condicionado defeituoso:

Tem quem vá ao cinema também para aproveitar o ar condicionado da sessão, ainda mais no verão escaldante de algumas cidades brasileiras. E quando o ar está fraco ou simplesmente não funciona? A aglutinação de várias pessoas em um ambiente pequeno e fechado aumenta ainda mais o calor, prejudicando bastante a experiência de assistir a um filme. Outra situação problemática, bem comum na última sessão, é quando o ar condicionado é desligado (ou bastante reduzido) na metade do filme, para economizar eletricidade. E quem pagou o ingresso que aguente o paulatino aquecimento da sala.

15 → Bebês chorando durante a sessão:

É relativamente comum ver pais com bebês em sessões de filmes adultos. Por mais que seja compreensível a vontade do cinéfilo em assistir a determinado filme, mesmo sem ter com quem deixar a criança, é bem complicado quando o bebê abre o berreiro no meio da sessão - e, pior ainda, quando os pais não deixam a sala imediatamente, de forma a minimizar o estrago causado às demais pessoas que, assim como eles, querem assistir ao filme.

16 → Explicar o filme legendado para as crianças:

Este é outro problema crônico com o cinéfilo em formação. Ok, nem sempre a criança consegue ler as legendas na velocidade que surgem na telona, e os pais (ou responsável) que está com ela dá uma força explicando o que acabou de ser dito. Uma vez ou outra tudo bem, mas fazer isto o filme TODO acaba com a paciência de qualquer um que está por perto. Ninguém gosta de ver filme com comentarista.

17 → Banquete no cinema:

Quem nunca levou um lanchinho básico para a sala de cinema, fugindo dos preços cobrados na bombonière? Não há problema algum nisto, desde que haja bom senso. Levar uma pizza gigante para dentro da sala, com direito a refrigerante de dois litros, e ainda organizar tudo isto no espaço limitado de uma poltrona é complicado... também pelo irresistível cheiro que empesteia toda a sala. Abre uma fome.

18 → Pessoas roncando:

Ok, às vezes o filme é tão chato, mas tão chato, que não dá para resistir. Sabe como é, tudo escuro, ar condicionado, poltrona confortável, ambiente propício para tirar um breve sono. Sem problema algum, desde que não atrapalhe quem está ali para assistir ao filme. Ou seja, dormir pode, roncar NÃO!

19 → Excesso de sinais luminosos dentro da sala de cinema:

Por questões de segurança, há vários avisos luminosos que apontam a saída de emergência, extintores de incêndio, que é proibido fumar e os degraus da própria sala (se ela seguir o formato stadium, é claro). Por mais que atendam às recomendações para o bem-estar do público, a quantidade de avisos luminosos por vezes distrai a atenção do que realmente importa: o exibido na telona. Algo parecido com o que acontece quando alguém liga o celular durante a sessão.

20 → Luzes acesas antes do filme terminar:

Nem todo mundo gosta de conferir os créditos finais, nem que seja para conferir se há alguma cena extra escondida. Tudo bem, ninguém é obrigado. Mas as exibidoras também não precisam acender a luz tão logo o filme acaba (às vezes até minutos antes disto acontecer). Além de ser uma falta de respeito com quem está assistindo ao filme, é uma descortesia. A impressão que fica é que o espectador precisa sair dali o quanto antes.

Polêmica! Lugar marcado:

Este é um tema complexo, que divide opiniões. Há quem ame a opção, não apenas para escolher antecipadamente sua cadeira, mas também para poder chegar em cima da hora e encontrar o local vago, apenas esperando sua chegada. Ok.

Existem dois problemas crônicos envolvendo esta questão. Um deles é que, na maioria das salas, é avisado que após o apagar das luzes não há mais lugar marcado - ou seja, cada um senta onde quiser. O outro é que, mesmo quando tudo está aceso, as pessoas muitas vezes não respeitam a reserva de lugar. Em uma sala vazia, onde você pode escolher onde quer sentar, isto não faz tanta diferença. Mas quando há um bom número de pessoas, sim.

Diante disto, é muito comum que haja reclamações e até discussões ásperas sobre quem tem direito a sentar em determinado lugar, muitas vezes durante a exibição do filme. E isto, obviamente, incomoda bastante quem está ali para assistir ao filme. Como se trata de um problema crônico, tem quem prefira a opção anterior, onde não havia lugar marcado. Ao menos assim não havia tanta confusão como tem acontecido ultimamente.

E você, o que prefere?


(Do Blog Adorocinema)