O surgimento e a história do sistema
de pontuação têm acompanhado o desenvolvimento da escrita. No começo, os textos
eram redigidos em letra maiúscula e de forma contínua, sem espaços sequer entre
os vocábulos.
Zenódoto de Éfeso (320-240
a .C.), responsável pela Biblioteca de Alexandria, foi o
primeiro a separar os textos de autores diferentes ao copiar um manuscrito.
Seu pupilo, Aristófanes de Bizâncio,
consolidou o alfabeto grego e criou o primeiro sistema de pontuação: um ponto
no alto para indicar o fim de um grupo de palavras, um ponto no meio da altura
da letra para indicar que seria adicionado algo ao significado corrente e um
ponto na base para indicar que o significado da frase se completaria adiante.
Uma ordem lógica do texto escrito
surgiu entre os séculos 4 e 9 d.C., quando os livros passaram a ser feitos em minúsculo. Isto
incorreu na aproximação das letras, o que possibilitou o reconhecimento do
desenho das palavras como uma unidade.
Nessa época, os escribas também
passaram a adicionar notas auxiliares às cópias, explicando como deveria ser
recitado um verso ou pronunciado um termo. Este código, utilizado como um
instrumento de organização, era chamado ponto. Eis a origem da palavra
pontuação.
A maioria dos sinais que conhecemos
hoje apareceu entre os séculos 14 e 17. O surgimento da imprensa foi o
principal responsável pela evolução e popularização da pontuação. Com ela, as
marcações deixaram de ser dirigidas a quem escreve e se voltaram a quem lê,
destinando-se a facilitar a compreensão do texto. A impressão tipográfica
também exigiu que houvesse uma padronização e simplificação dos sinais.
Há pouca diferença de usos da
pontuação ao redor do mundo. Ela é ajustada à língua pelas regras gramaticais.
Um exemplo é a interrogação, que em espanhol aparece no início e no final da
frase, ao contrário do que acontece no português.
Livro apresenta
curiosidades sobre a Língua Portuguesa
O sinal gráfico conhecido como
“ponto” apareceu no ano 3000
a .C. Seu nome vem da palavra “punctum”, que designava o
furinho que uma agulha faz sobre a superfície.
Os egípcios utilizavam o ponto em
textos poéticos e para ensinar as crianças a escrita hierática (letra de forma
que simplificava os hieróglifos).
Na Idade Média, ele era empregado
como artifício para abreviar as extensas palavras em latim. Também servia
para indicar a presença de um nome próprio no texto. Muito tempo depois,
assumiu a função atual de determinar o final de uma sentença.
Vírgula
A vírgula apareceu por volta do
século 15. Em grego, ela é chamada de “komma”, que quer dizer “recorte, dar um
fôlego”. Quando era colocada no texto, substituía uma palavra que havia sido
cortada.
Aspas
As aspas foram usadas pela primeira
vez em manuscritos da Alta Idade Média, por volta do século 17. Naquele tempo,
elas eram representadas pelo sinal de lambda na horizontal (<>).
Acredita-se que o inventor do sinal foi um sujeito chamado Guillaume. Por isso,
em francês, o sinal gráfico é chamado de “guillements”.
Dois pontos
O nome deste sinal gráfico vem da
palavra grega kolon, que quer dizer extremidade das asas de um passarinho.
Quando surgiu, no século 16, era utilizado para separar sentenças, função
detida hoje pelo ponto.
Pequenas histórias infantis
Os amigos do ponto final
Era uma vez um senhor chamado ponto final que se sentia
sempre muito sozinho ninguém queria ser amigo dele, mas um dia ele
surpreendeu-se, porque veio um amigo ter com ele.
E o ponto final disse:
− Olá! Como te chamas?
− Eu chamo-me ponto e vírgula.
− Então olá, amiguinho! − Disse o ponto final
muito contente.
De repente, apareceram três novos amiguinhos.
− Olá! Nós somos as reticências e vocês quem são?
− Eu sou o ponto e vírgula.
− Vamos todos brincar nos balanços! - Disseram
os três amiguinhos.
E lá foram eles brincar. O ponto
final afastou-se um pouco e conheceu outros dois irmãos, os dois pontos. E
também foi conhecendo outros amiguinhos: o ponto de interrogação, o ponto de
exclamação, os parêntesis e a vírgula.
Agora com tantos amigos, ficou feliz e brincou, brincou,
brincou...
(Mariana)
Era uma vez uma família de sinais de pontuação.
Um lápis fazia uma frase e eles punham o sinal de pontuação
correto.
Os pais eram os dois pontos e o
seu primeiro filho foi o ponto e vírgula, que não sabia qual era o seu ponto.
A seguir, nasceram os parêntesis,
que andavam sempre às turras. Depois foi a vez do travessão, que quando alguém
fala ele responde sempre. E, por fim, o ponto final, que se trocava sempre com
o ponto do ponto e vírgula!
(Tomás)
Adorei muito, o texto
ResponderExcluirEssa vírgula está mal colocada na frase...
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