Boca de Matildes é uma expressão bem antiga originada e muito
empregada no Rio de Janeiro. Resumindo, quem está com o nome na Boca de
Matildes está literalmente ferrado!
Boca de Matildes é uma expressão bem antiga originada e muito
empregada no Rio de Janeiro. Resumindo, quem está com o nome na Boca de
Matildes está literalmente ferrado!
Mexericos
da Candinha? Boca de Matildes? Essas expressões já podem se aposentar. A fofoca
atual não escolhe gênero, ao contrário do que ocorria no passado, quando o
campo de atuação da maioria das mulheres se limitava ao lar e as Amélias de
plantão comentavam os últimos escândalos com as vizinhas. Hoje, com boa parte
delas trabalhando fora, os dois sexos se valem do diz-que-diz-que para
bisbilhotar a vida alheia, destruir reputações e até subir na carreira.
Esse
último aspecto é primordial para entender a continuidade da futrica como
prática cultural. Ela é um mecanismo de sobrevivência comprovado e
bem-sucedido. Um dia, ajudou as pessoas a se proteger do arbítrio dos poderosos
e representou uma arma contra eles. Agora, sob a forma de lendas urbanas, esses
comentários alertam para os perigos do modo de vida contemporâneo. A longa
trajetória da fofoca, tão antiga quanto os homens das cavernas.
Não vá em boca de Matildes!
Aí, hein?
(Lamartine Babo e Paulo Valença)
Aí,
hein, pensas que eu não sei?
Toma
cuidado, pois um dia
Eu
fiz o mesmo e me estrepei.
Aí,
hein, pensas que eu não sei?
Sou
camarada, faz de conta que eu não sei.
Menina
que chega em casa
Às
quatro da madrugada,
E
quanto mais a escada vai subindo,
Na
boca do vizinho vai caindo...
Aí,
hein, pensas que eu não sei?
Toma
cuidado, pois um dia
Eu
fiz o mesmo e me estrepei.
Aí,
hein, pensas que eu não sei?
Sou
camarada, faz de conta que eu não sei.
Velhota,
dos seus sessenta,
Na
praia, toda inocente,
Brincando
com as crianças lá na areia
Vai
pondo areia nos olhos da gente!
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