terça-feira, 5 de julho de 2016

O Diabo, o Azar e a Morte




Diz a lenda que numa cidade haveria uma grande festa e um alfaiate estava encarregado de fazer as roupas das pessoas. O diabo, a morte e o azar também estariam na festa e queriam que o alfaiate fizesse seus trajes. O alfaiate passou todo o tempo que tinha criando as roupas das várias pessoas que o tinha incumbido para a tal festa. Chegado o dia, no começo da rua, todos veem a Morte, o Diabo e o Azar caminhando de mãos dadas até chegarem à porta do alfaiate. Batem na porta e o alfaiate os recebe: “Senhores eu sinto muito, mas não deu para fazer as vestes de todos vocês, só pude terminar a de um”.

Os três se entreolharam e ficaram esperando o alfaiate dizer a veste de qual deles havia escolhido fazer. “Senhores eu só fiz a roupa do Azar. Porque para um homem sem sorte, a morte pode chegar a qualquer momento e levá-lo consigo e o diabo pode fazer-lhe mal”.

A Morte ficou irada, mas como a sorte estava ao lado do alfaiate ela não pode fazer nada a não ser gritar e desaparecer. O Diabo começou a se enfurecer, explodiu e ninguém mais o viu por aquelas essas bandas. A festa correu muito animada e o Azar estava com um dos trajes mais lindos de todos, totalmente enfeitado. Quanto ao alfaiate, pelo que todos comentam, foi um homem de muita sorte durante toda a vida.

Isso é apenas uma história, mas todo mundo sempre me diz que “devemos tomar a que decisão certa, que traga a sorte para o nosso lado”, ou seja, temos que criar nossa sorte e como não sou um alfaiate a decisão que devo tomar nunca está muito clara, mas uma coisa está. A indecisão não é nada benéfica. Tenho que escolher sem demora cada passo que devo dar torcendo para que seja um passo de sorte, mas, se não for o jeito, é aceitar e correr atrás do que se pode recuperar.


Descoberto por Tiago Fagner 


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