Luz do Repente
Arlindo Cruz - Franco
- Marquinhos PQD
Deixa comigo, deixa comigo,
Eu seguro o pagode e não deixo cair é é é,
Sem vacilar é é é,
Sem me exibir,
Só vim mostrar, é é é,
O que aprendi.
Eu sou partideira da pele mais negra,
Que venho e que chego para improvisar,
Já vi partideiro que nunca vacila
entrando na fila querendo versar,
Mas dou um aviso que o meu improviso
É sério, é ciso, não é de brincar.
Otário com aço eu mando pro espaço,
Versando eu faço o bicho pegar.
Eu seguro o pagode e não deixo cair é é é,
Sem vacilar é é é,
Sem me exibir,
Só vim mostrar, é é é,
O que aprendi.
Eu sou partideira da pele mais negra,
Que venho e que chego para improvisar,
Já vi partideiro que nunca vacila
entrando na fila querendo versar,
Mas dou um aviso que o meu improviso
É sério, é ciso, não é de brincar.
Otário com aço eu mando pro espaço,
Versando eu faço o bicho pegar.
É sem vacilar, é é é,
sem me exibir,é é é,
só vim mostrar
o que aprendi.
A luz do repente, a estrela cadente
Chega, de repente, não dá pra sentir.
Na lei do pagode, só versa quem pode,
Quem sabe somar e não subtrair.
Não sou diamante, safira, esmeralda.
Não sou turmalina nem mesmo rubi,
Por onde eu passo eu deixo a saudade:
A Pérola Negra passou por aqui!
sem me exibir,é é é,
só vim mostrar
o que aprendi.
A luz do repente, a estrela cadente
Chega, de repente, não dá pra sentir.
Na lei do pagode, só versa quem pode,
Quem sabe somar e não subtrair.
Não sou diamante, safira, esmeralda.
Não sou turmalina nem mesmo rubi,
Por onde eu passo eu deixo a saudade:
A Pérola Negra passou por aqui!
Essa mesma onda de pagode, que veio
a reboque do Plano Cruzado, no ano de 1986, revelou a figura da partideira
Jovelina Pérola Negra.
Acostumada a fazer shows em quadras
de clubes e escolas de samba, onde o pagamento é feito em espécie antes da
apresentação, Jovelina estranhou que ninguém falasse em dinheiro antes de seu
primeiro show em
teatro. Tratava-se de uma espécie de temporada de revezamento
dos pagodeiros emergentes, em um teatro de Bonsucesso, subúrbio do Rio.
Depois de cantar, chamou o produtor
da série a seu camarim e perguntou pelo “faz-me rir”. O rapaz, não entendendo
direito o que ocorria, avisou que as contas seriam fechadas ao final da
temporada. Diante da cara de contrariedade de Jovelina, resolveu oferecer
alguma coisa:
– Se a senhora precisar, nós lhe
adiantamos algum e botamos no borderô.
Jovelina se contrariou mais ainda,
e, olhando fixamente para o produtor, com o dedo em riste, advertiu:
– Olha aqui, ô rapaz, no meu borderô
nem meu marido bota!
(História do livro
“Suíte Gargalhadas”, de Henrique Cazes)
*Jovelina Pérola Negra (Rio de Janeiro, 21 de julho
de 1944
– Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1998), cujo nome de
batismo era Jovelina Farias Delford, foi cantora
e compositora brasileira
e uma das grandes damas do samba. Voz rouca, forte, amarfanhada, de tom popular e força
batente. Herdeira do estilo de Clementina de Jesus, foi, como ela, empregada doméstica antes de fazer sucesso no
mundo artístico.
Músicas
Filosofia de Bar
Compositor: Everaldo
da Viola
Buscando bebida, ele entrou no
botequim
e numa plaqueta, estava escrito assim:
e numa plaqueta, estava escrito assim:
“Se você bebe para esquecer,
por favor, pague antes de beber.”
Porque fiado só no amigo do lado.
Bebeu, caiu, levantou, pagou, saiu.
Viu!
Tem um galo de barro,
olha lá está pra comprovar,
estava escrito: “Fiado só se esse galo cantar.”
estava escrito: “Fiado só se esse galo cantar.”
Moço educado respeita o salão,
não pede fiado e nem diz palavrão.
Até parece que o homem adivinhava a sua intenção.
bebeu, caiu, levantou, pagou, saiu,
bebeu, caiu, levantou, pagou, saiu.
Menina você bebeu
Jovelina Pérola Negra
Menina você bebeu, bebeu demais.
Menina você bebeu, bebeu demais.
Para de beber cachaça
Que a sua desgraça pode estar aí.
Você já está com o seu nome na praça,
Quando você passa todo mundo ri.
Mas você só quer beber e beber até cair
Menina você bebeu, bebeu demais
Menina você bebeu, bebeu demais
Lá na vendinha do Chico,
Eu vi o fuxico que você armou.
Matou três garrafas bebendo no bico,
Depois pagou mico e como vacilou.
Quem mandou você beber
Bebendo se acabou. (bis)
Sai daqui de Madureira para ir beber no Brás.
Tem apenas vinte anos, mas
parece muito mais.
Tá perdendo a beleza e até o seu
cartaz.
Sempre toma mais de uma, uma só
não satisfaz.
Tá bebendo aguardente qualquer
dia é aguarrás.
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