A origem do sinônimo “PILA” para dinheiro.
“O termo pila vem de Pilla, que foi
um político Raul Pilla, secretário da agricultura do RS em 1936, que segundo
consta, em determinada eleição distribuía metade da nota de dinheiro para os
eleitores que estavam prestes a votar, na promessa de entregar a outra metade
se fosse eleito. Os cabos eleitorais entregavam a metade da nota dizendo o nome
do canditato “Pilla”… e este termo para dinheiro chamado de “Pila” foi
rapidamente assimilado pelos populares, espalhando-se como sinônimo de
“dinheiro”, inclusive em (SC) e depois pelo resto do Brasil, já que muitos
gaúchos com o passar do tempo migraram para outros estados do país.”
Fonte: Irmão Elvo Clemente,
pró-reitor da PUC-RS, poeta, escritor, membro da Academia Rio Grandense de
Letras – Brasil.
Fazer uma vaquinha – origem da expressão
A expressão “Fazer uma vaquinha” é
utilizada para caracterizar a arrecadação voluntária de dinheiro para
determinado fim. Segundo o professor Ari Riboldi, no livro O Bode Expiatório, a
expressão surgiu de uma prática de premiação, no futebol, sob o nome de bicho.
Em 1923, a
torcida do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, resolveu estimular os atletas de
seu time a se dedicarem ao jogo com maior empenho. Passaram a arrecadar
dinheiro e dar como prêmio aos atletas em valores proporcionais aos resultados
alcançados pelo time em
campo. O valor tinha inspiração nos números do jogo do bicho:
5, número do cachorro, equivalia a 10 mil réis – prêmio por empate; 10, número
do coelho, equivalia a 10 mil réis – prêmio por uma vitória comum; 25, número
da vaca, correspondia a 25 mil réis – premiação dada somente em grandes
vitórias, contra os adversários mais fortes ou em partidas decisivas. O
dinheiro era arrecadado entre os torcedores, no que veio a ser a famosa
“vaquinha”.
Pé-de-meia ou pé de meia?
A expressão é antiga e tem origem na
Europa. As pessoas tinham costume de usarem um pé de meia para guardar suas
economias. No Brasil, nossas avós e bisavós aproveitavam as meias viúvas –
quando restava apenas um pé, porque o outro havia sido extraviado ou
danificado, para guardar economias dentro de algum armário ou gaveta de roupas.
Esse hábito caiu em desuso. Mas a
expressão ficou. É usada com frequência e virou título de um livro infantil
para educação financeira: O pé de meia mágico, de Álvaro Modernell, 1ª edição
de 2007.
A grafia da palavra também gera
dúvidas. Isso porque tem duas grafias diferentes conforme a situação. Quando referir-se
ao ato de poupar – formar um pé-de-meia, deve ser grafado com hífens. Mas ao
referir-se à peça de vestuário para os pés, então deve ser grafado pé de meia,
sem hífens.
Fonte: baseado na publicação “O
Berço da Palavra”, de Márcio Cotrim, publicado no Correio Brazileiense em
25/03/2007.
(Do Blog MaisAtivo$ -
Educação Finaceira)
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