domingo, 15 de novembro de 2015

Você sabia?

A origem do sinônimo “PILA” para dinheiro.


“O termo pila vem de Pilla, que foi um político Raul Pilla, secretário da agricultura do RS em 1936, que segundo consta, em determinada eleição distribuía metade da nota de dinheiro para os eleitores que estavam prestes a votar, na promessa de entregar a outra metade se fosse eleito. Os cabos eleitorais entregavam a metade da nota dizendo o nome do canditato “Pilla”… e este termo para dinheiro chamado de “Pila” foi rapidamente assimilado pelos populares, espalhando-se como sinônimo de “dinheiro”, inclusive em (SC) e depois pelo resto do Brasil, já que muitos gaúchos com o passar do tempo migraram para outros estados do país.”

Fonte: Irmão Elvo Clemente, pró-reitor da PUC-RS, poeta, escritor, membro da Academia Rio Grandense de Letras – Brasil.

Fazer uma vaquinha – origem da expressão

A expressão “Fazer uma vaquinha” é utilizada para caracterizar a arrecadação voluntária de dinheiro para determinado fim. Segundo o professor Ari Riboldi, no livro O Bode Expiatório, a expressão surgiu de uma prática de premiação, no futebol, sob o nome de bicho. Em 1923, a torcida do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, resolveu estimular os atletas de seu time a se dedicarem ao jogo com maior empenho. Passaram a arrecadar dinheiro e dar como prêmio aos atletas em valores proporcionais aos resultados alcançados pelo time em campo. O valor tinha inspiração nos números do jogo do bicho: 5, número do cachorro, equivalia a 10 mil réis – prêmio por empate; 10, número do coelho, equivalia a 10 mil réis – prêmio por uma vitória comum; 25, número da vaca, correspondia a 25 mil réis – premiação dada somente em grandes vitórias, contra os adversários mais fortes ou em partidas decisivas. O dinheiro era arrecadado entre os torcedores, no que veio a ser a famosa “vaquinha”.

Pé-de-meia ou pé de meia?

A expressão é antiga e tem origem na Europa. As pessoas tinham costume de usarem um pé de meia para guardar suas economias. No Brasil, nossas avós e bisavós aproveitavam as meias viúvas – quando restava apenas um pé, porque o outro havia sido extraviado ou danificado, para guardar economias dentro de algum armário ou gaveta de roupas.

Esse hábito caiu em desuso. Mas a expressão ficou. É usada com frequência e virou título de um livro infantil para educação financeira: O pé de meia mágico, de Álvaro Modernell, 1ª edição de 2007.

A grafia da palavra também gera dúvidas. Isso porque tem duas grafias diferentes conforme a situação. Quando referir-se ao ato de poupar – formar um pé-de-meia, deve ser grafado com hífens. Mas ao referir-se à peça de vestuário para os pés, então deve ser grafado pé de meia, sem hífens.

Fonte: baseado na publicação “O Berço da Palavra”, de Márcio Cotrim, publicado no Correio Brazileiense em 25/03/2007.

(Do Blog MaisAtivo$ - Educação Finaceira)

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