Durante a “Idade dos Reinos
Guerreiros”, vivia na China um filósofo que conhecia mais a arte da guerra do
que qualquer outro homem de seu tempo: era o grande Sun-Tzu.
Os reis da época disputavam a honra de
conservar nas suas cortes o mestre guerreiro, para ouvir seus sábios
ensinamentos de como conduzir um exército à vitória.
Certo dia, Sun-Tzu chegou à corte do
Rei Wu e ali foi honrado com uma grande festa. Durante o banquete, o rei pediu
ao ilustre hóspede que lhe desse um exemplo concreto de sua maravilhosa tática
de guerra.
E Sun-Tzu
respondeu:
– Irei explicar minha teoria de
emprego dos exércitos usando simbolicamente cavalos. Tomai, ó Rei, três dos
melhores cavalos da real cavalariça, enquanto eu escolherei outros três. Os
vossos cavalos medirão forças com os meus cavalos, de cada vez um contra um, em
três corridas sucessivas.
Assim foi feito e o Rei, como era
natural, mandou que corresse primeiro o melhor cavalo dos três que havia
escolhido. Mas Sun-Tzu usou, nesta carreira, o mais fraco dos seus cavalos,
perdendo, assim, intencionalmente, a primeira corrida para o Rei.
Na segunda corrida, o Rei, já tendo
usado seu melhor cavalo, mandou que corresse um outro, que lhe era ligeiramente
inferior. Desta vez, Sun-Tzu fez correr seu mais rápido corcel e ganhou
facilmente a segunda carreira das três em disputa.
Chegou a vez da terceira e última
corrida. O rei, nervoso, só tinha o mais fraco de seus cavalos para a carreira,
enquanto Sun-Tzu havia astuciosamente reservado o cavalo ligeiramente inferior
ao seu melhor. E a terceira corrida foi ganha outra vez pelo filósofo.
Desse modo, das três carreiras
disputadas, Sun-Tzu havia ganho duas, incluindo aquela que, nas guerras, é
sempre a mais importante: a última.
Sorrindo,
ele concluiu para o seu real hospedeiro:
– Ó Rei, nas três corridas que
acabamos de disputar, encontrareis a estratégia do melhor emprego de vossos exércitos!
Sun-Tzu (Filósofo e
General chinês)
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