Faces que talvez você
não conheça
de um dos mais famosos poetas brasileiros
de um dos mais famosos poetas brasileiros
Texto de Bruno
Teixeira
Quem passa pela orla de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, vê uma estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade. Ele está sentado em um banco, com as pernas cruzadas, e de óculos – isto é, se ninguém tiver roubado, pois até março deste ano, haviam tirado as hastes do poeta oito vezes. Drummond está de costas para o mar. Ele raramente fica sozinho. Tiram foto, sentam, conversam, pedem conselhos. Drummond era muito ligado aos amigos – talvez não se importe, aliás, até goste das visitas. Mas o poeta não gostava de aparecer. Dizia que tudo o que tinha a dizer já estava em sua obra.
Raramente dava entrevista e se
deixava ser fotografado. “Como a cara que Deus me deu não é das mais
simpáticas, e costuma ficar ainda pior quando fotografada, costumo fugir das
objetivas como o diabo foge da cruz”, contou a Humberto Werneck em entrevista
em VEJA (Editora Abril), de 1977. Mas quem diria que o poeta gauche (tímido)
adorava passar trotes aos amigos? Passava a mão no telefone e ligava. Imitava
outra voz e os enganava. Drummond é um poeta como muito mais do que sete faces.
Deixou uma obra extensa e uma certeza: de que a poesia não precisa ser difícil,
ela pode ser lida à beira mar, como quem caminha com destino a um lugar
desconhecido. Conheça algumas curiosidades sobre o poeta:
01. Nasceu em Itabira, Minas Gerais.
02. Foi expulso do colégio.
03. Teve um desentendimento com Mário de
Andrade.
04. Trabalhou no edifício símbolo do
modernismo brasileiro.
05. Foi jornalista.
06. Traduziu músicas da banda The
Beatles.
07. Inspirou samba de Martinho da Vila.
08. Era fã de Chico Buarque: “nem é
preciso dizer”.
09. Foi tema de samba-enredo.
10. Morreu doze dias depois da filha.
11. Deixou poemas inéditos com sua
amante.
12. Foi tema de documentário de
Fernando Sabino.
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