Quero compartilhar com você um texto
que me encanta. Ainda não descobri o motivo desse meu fascínio. Talvez sejam as
palavras carregadas de significados, ou talvez porque retrate momentos e
conflitos que a gente enfrenta pelo simples ato de viver. É um texto poético,
belíssimo, sensível e real. Você vai ver. Leio e ganho forças. É como se fosse
um combustível.
Venho me deixando tocar por essas
palavras desde a época da faculdade, e de lá para cá, tem acontecido bem assim:
trabalho, trabalho, trabalho; fico cansada, encho o saco de trabalhar, prometo
que vou mudar de vida, ficar na vagabundagem, sei lá, até mudar de profissão.
Fico pra lá de indignada. Aí, lembro do texto, leio, e na sequência me energizo
e me renovo. E afloram novas motivações! E continuo caminhando e cantando...
Veja agora o texto que me encanta. Escrito por Fernando de Azevedo*, há mais de
meio século.
“Moço, eu estou nesse
negócio de catar pedras faz bem uns cinquenta anos. Muita gente me dizia para
largar disso – cadê coragem? Cada um tem que viver procurando alguma coisa. Tem
quem procure paz, tem quem procure briga. Eu procuro pedras. Mas foi numa
dessas noites da minha velhice que entendi porque eu nunca larguei disso: só a
gente que garimpa pode tirar estrelas do chão.”
Fernando de Azevedo
- Professor, educador, crítico, ensaísta e sociólogo
1894-1974
1894-1974
Agora pense comigo: nossa vida não
é um constante garimpar? Por acaso não vivemos garimpando o chão de nossa
realidade? E não é que tiramos estrelas dali? Então, está combinado, se a gente
encher o saco, vamos ler o texto e continuar garimpando, pois sem garimpo, sem
estrelas.
(Do Blog da Marli)
Não há garimpo na
educação escolar sem o conhecimento do veio,
do aluvião, do leito
do rio da sociedade.
*Fernando de Azevedo
(São Gonçalo do Sapucaí, 2 de abril
de 1894 – São Paulo,
18 de setembro de 1974)
18 de setembro de 1974)
foi um professor,
educador, crítico, ensaísta e sociólogo brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário