domingo, 20 de setembro de 2015

Hino Nacional Brasileiro explicado



A letra do nosso hino foi escrita há mais de cem anos, em 1909, por Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927), a partir da música instrumental composta por Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Ela traz expressões da época, hoje não mais usadas. O lábaro? Impávido colosso? Para responder essas questões consultamos o livro “Ouviram do Ipiranga” (Editora Panda Books), do jornalista Marcelo Duarte.

Parte 1

Original

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
de um povo o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
brilhou no céu pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
conseguimos conquistar com braço forte,
em teu seio, ó liberdade, desafia a própria morte!
Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce.
Se em teu formoso céu risinho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza, és belo, és forte,
Impávido colosso.
E o teu futuro espelha essa grandeza, terra adorada,
entre outras mil és tu, Brasil,
ó pátria amada! Dos filhos deste solo, és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Parte 2

Original

Deitado eternamente em berço esplêndido,
ao som do mar a à luz do céu profundo,
fulguras, ó Brasil, florão da América,
iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida,
teus risonhos lindos campos têm mais flores.
Nossos bosques têm mais vida,
nossa vida, no teu seio, mais amores.
Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo.
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula:
 paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
verás que um filho teu não foge à luta,
nem teme quem te adora a própria morte,
Terra adorada, entre outras mil,
és tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filho deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Parte 1

Versão Explicada

As margens plácidas do Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um povo heroico,
e o sol da liberdade brilhou no céu da pátria em raios brilhantes naquele momento.
Se conseguirmos conquistar a garantia dessa liberdade com braço forte,
o nosso peito desafia a própria morte em teu coração, ó liberdade.
Ó pátria amada, adorada, salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio luminoso
de amor e de esperança desce à terra.
Se a imagem do Cruzeiro brilha em seu céu belo, risonho e puro.
Gigante pela própria natureza, é belo e é forte, corajoso gigante.
E o teu futuro reflete essa grandeza, terra adorada, entre outras mil, é você, Brasil,
ó pátria amada!
É a mãe gentil dos filhos desta terra,
Pátria amada,
Brasil!

Parte 2

Versão explicada

Ó Brasil, preciosidade da América, brilha iluminado ao sol do Novo Mundo,
eternamente em berço brilhante, ao som do mar e à luz do céu profundo.
Seus campos risonhos e lindos têm mais flores
do que a terra mais graciosa.
Nossos bosques têm mais vida,
nossa vida tem mais amores no seu coração.
Ó pátria amada, adorada, salve! Salve!
Brasil, que a bandeira estrelada que você mostra,
seja símbolo de amor eterno,
e o verde-louro dessa bandeira diga: paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergue a arma forte da justiça,
verá que um filho seu não foge da luta,
nem quem adora você teme a própria morte,
Terra adorada, entre outras mil,
é você, Brasil,
Ó Pátria amada! É a mãe gentil dos filhos desta terra,
pátria amada, Brasil!


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