“Deixai a noite perdoar os enganos do dia
e assim conseguirá paz para você mesmo."
e assim conseguirá paz para você mesmo."
Rabindranath Tagore
(1861 – 1941)
O viajante caminhava pela
estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se
tornando um rio maior.
O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno
rio, se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi
descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente,
uma gruta.
A natureza criara, com paciência, caprichosas formas na gruta. Ele a foi
adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a
lanterna, iluminou os versos, que nela estavam escritos.
Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de
literatura de 1913:
“Não foi o martelo que deixou
perfeitas estas pedras,
mas a água, com sua doçura,
sua dança e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir,
a suavidade consegue esculpir.”
Assim também
acontece na vida.
Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo
arrumar aos gritos e pancadas.
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem.
São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda
se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se
encontram a postos, agindo...
§ § §
Rabindranath Tagore,
poeta indiano,
é o primeiro asiático
a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura em 1913.
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