domingo, 5 de outubro de 2014

Mulheres da Academia Brasileira de Letras

 
Conheça um pouco sobre essas mulheres tão importantes para a literatura e para a cultura do nosso País.

Rachel de Queiroz



Quinta ocupante da posição, Rachel foi eleita em 4 de agosto de 1977 para ocupar a Cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras.

Nascida em Fortaleza (CE), em 17 de novembro de 1910, a escritora estreou seu trabalho em 1927 usando o nome de Rita de Queiroz, com uma publicação em um jornal do Ceará. Em 1930, Rachel publicou o romance O Quinze, que teve uma grande repercussão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A partir deste momento, a escritora se projetou no cenário da literatura nacional, publicando mais de duas mil crônicas, e inúmeros livros. Morreu em 4 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro.

Dinah de Silveira de Queiroz



A escritora Dinah Silveira de Queiroz foi eleita pela academia em 10 de julho de 1980 para ser a sétima ocupante da Cadeira 7 da ABL. Apesar do sobrenome parecido, ela e Rachel de Queiroz não pertencem à mesma família.

Dinah nasceu em São Paulo em 9 de novembro de 1911 e já demonstrava o interesse pelos livros, desde pequena, quando seu pai lia histórias para ela.

Seu livro de estreia, Floradas na Serra, de 1939, marca ao contar a cena de um personagem que está morrendo e se despede da filha à distância, pois ele tem uma doença grave e não quer contaminá-la. A cena é baseada na vida da escritora, que perdeu a mãe ainda pequena.

Dinah publicou contos, novelas, crônicas e romances. Viveu seus últimos anos em Lisboa com o segundo marido, de onde publicou sua última obra: Guida, caríssima Guida (1981). Morreu em 27 de novembro de 1982, no Rio de Janeiro.

Nélida Piñon



Escolhida, em 27 de julho de 1989, como a quinta ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon foi a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a ABL, em 1996 e 1997.

A escritora nasceu em 3 de maio de 1937, no Rio de Janeiro, e formou-se em jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica também do Rio.

Sua primeira obra publicada foi o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Suas obras, seus contos e ensaios foram traduzidos para diferentes línguas e fazem parte de antologias brasileiras.

Nélida também foi titular da Cátedra Henry King Standford em Humanidades, da Universidade de Miami, de 1990 a 2003, de onde se desligou para assumir a presidência da ABL. Além disso, recebeu diversas condecorações internacionais e homenagens, como a biblioteca Nélida Piñon, no Morro Santa Marta.

Lygia Fagundes Telles


Eleita em 24 de outubro de 1985, Lygia Fagundes Telles é a quarta ocupante da Cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras. A escritora nasceu em 19 de abril de 1923 em São Paulo, mas passou a infância no interior do Estado.

Lygia se formou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP) e, ao mesmo tempo, cursou a Escola Superior de Educação Física também na USP.

A escritora é lembrada por se mostrar contra o Regime Militar no País como na obra As Meninas (1976) e, em 1976, foi à Brasília entregar um importante manifesto contra a ditadura, chamado Manifesto dos Mil.

Lygia também teve suas obras publicadas em diversas línguas, recebeu prêmios e condecorações nacionais e internacionais. Ela e Nélida ocupam suas cadeiras até os dias de hoje.

Zélia Gattai


A escritora Zélia Gattai foi eleita na ABL em 7 de dezembro de 2001. Ela é a sexta ocupante da Cadeira 23, que ficou vaga com a morte de seu marido e também escritor Jorge Amado.

Zélia nasceu em São Paulo, no dia 2 de julho de 1916, e viveu, na década de 1930, em meio a intelectuais da época, como Carlos Lacerda, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Mário de Andrade e outros. No cenário internacional, a escritora conheceu outras pessoas importantes, como Picasso, Pablo Neruda Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, por causa do período que ela e Jorge Amado ficaram exilados na Europa.

O livro Anarquistas Graças a Deus, lançado em 1979, deu início a carreira literária de Zélia, sempre apoiada pelo renomado escritor Jorge Amado.

Em 2001, Zélia ficou viúva e, pouco tempo depois, publicou dois livros: um sobre as suas memórias e outro sobre seu marido: Jorge Amado: Um Baiano Sensual e Romântico.

Zélia Gattai faleceu em Salvador, em 17 de maio de 2008.

Ana Maria Machado



Sexta ocupante da Cadeira 1, Ana Maria Machado foi eleita no dia 24 de abril de 2003 e ocupa o cargo até os dias atuais.

A escritora nasceu na véspera do Natal de 1941, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Estudou no Museu de Arte Moderna também do Rio e no MoMa de Nova York. Em 1964, se formou em Letras Neolatinas, pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e é pós-graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Trabalhou muitos anos como professora, depois como jornalista, até cair de cabeça na literatura e, em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro História Meio ao Contrário, escondida por um pseudônimo.

Especializada em literatura infanto-juvenil, Ana Maria já ganhou diversos prêmios, entre eles o Jabuti, e teve seus mais de 100 livros traduzidos para mais de 20 países.

Rosiska Darcy de Oliveira



Rosiska Darcy de Oliveira (Rio de Janeiro, 27 de março de 1944) é uma jornalista e escritora brasileira. Foi eleita em 11 de abril de 2013 para a cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Lêdo Ivo, falecido em 23 de dezembro de 2012.

Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Obteve o doutorado na Universidade de Genebra. É professora da PUC-RIO.

A escritora Rosiska Darcy de Oliveira foi eleita para a Academia Brasileira de Letras. Neste ano de 2013, com 23 votos (dos 38 possíveis), Rosiska passa a ocupar a cadeira de número 10, sucedendo o poeta Lêdo Ivo, que morreu no dia 23 de dezembro de 2012 passado, na Espanha.



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