NAS COXAS:
As
primeiras telhas dos telhados nas casas aqui no Brasil eram feitas de argila,
que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os
escravos variavam de tamanho e porte físico, as
telhas ficavam todas
desiguais devido as
diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja,
de qualquer jeito.
CALCANHAR DE AQUILES:
De
acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu
filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar.
Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não
tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é
conhecido como calcanhar de Aquiles.
VOTO
DE MINERVA:
Orestes, filho
de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os
acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva
é, portanto, o voto decisivo.
CASA DA MÃE JOANA:
Na época
do Brasil Império, mais
especificamente durante a
menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam
se encontrar num prostíbulo
do Rio de
Janeiro, cuja proprietária se
chamava Joana. Como
esses homens mandavam e
desmandavam no país, a
frase casa da
mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar
em que ninguém manda.
VÁ SE
QUEIXAR AO BISPO:
Durante
o Brasil Colônia, a fertilidade
de uma mulher
era atributo fundamental
para o casamento,
afinal, a ordem
era povoar as
novas terras conquistadas. A
Igreja permitia que, antes do
casamento, os noivos
mantivessem relações sexuais,
única maneira de o
rapaz descobrir se a moça era fértil. E
adivinha o que
acontecia na maioria das
vezes? O noivo
fugia depois da
relação para não ter que se casar. A mocinha,
desolada, ia se
queixar ao bispo, que mandava
homens para capturar o tal espertinho.
CONTO DO VIGÁRIO:
Duas igrejas
de Ouro Preto receberam
uma imagem de santa como
presente. Para decidir qual
das duas ficaria
com a escultura,
os vigários contariam com
a ajuda de
Deus, ou melhor, de
um burro. O negócio era o
seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que
caminhar até uma delas. A escolhida
pelo quadrúpede ficaria com
a santa. E
foi isso que
aconteceu, só que,
mais tarde, descobriram que
um dos vigários havia
treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário
passou a ser
sinônimo de falcatrua e malandragem.
FICAR A VER NAVIOS:
Dom
Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de
Alcacer-Quibir, mas seu corpo nunca foi
encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte
do monarca. Era comum
as pessoas visitarem o
Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele
não voltou, o povo ficava a ver navios.
NÃO
ENTENDO PATAVINAS:
Os
portugueses encontravam uma enorme
dificuldade de entender
o que falavam os frades italianos
patavinos, originários de
Pádua, ou Padova,
sendo assim, não
entender patavina significa não entender nada.
DOURAR
A PÍLULA:
Antigamente
as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para
melhorar os aspecto do
remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa
melhorar a aparência de algo.
CHEGAR DE MÃOS ABANANDO:
Há
muito tempo, aqui no Brasil, era comum
exigir que os imigrantes que
chegassem para trabalhar nas
terras trouxessem suas
próprias ferramentas. Caso
viessem de mãos vazias, era
sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto,
chegar de mãos abanando é não carregar nada.
SEM
EIRA NEM BEIRA:
Os
telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que
conferiam status ao dono do
imóvel. Possuir eira e beira era sinal
de riqueza e
de cultura. Não
ter eira nem
beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
ABRAÇO
DE TAMANDUÁ:
Para
capturar sua presa, o tamanduá se
deita de barriga
para cima e
abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de
tamanduá é sinônimo de deslealdade,
traição.
O
CANTO DO CISNE:
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco
antes de morrer. A expressão
canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.
ESTÔMAGO DE AVESTRUZ:
Define
aquele que come de tudo. O
estômago do avestruz é
dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até
metais.
LÁGRIMAS DE CROCODILO:
É
uma expressão usada
para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando
ingere um alimento,
faz forte pressão contra
o céu da
boca, comprimindo as
glândulas lacrimais. Assim, ele
chora enquanto devora a vítima.
MEMÓRIA
DE ELEFANTE:
O elefante
lembra de tudo
aquilo que aprende,
por isso é uma
das principais atrações
do circo. Diz-se que as
pessoas que se recordam de tudo
tem memória de elefante.
OLHOS
DE LINCE:
Ter
olhos de lince significa enxergar longe,
uma vez que
esses bichos têm a
visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver
através das paredes.
ENCRENCA:
Expressão originária
dos prostíbulos na
Lapa do Rio de Janeiro que
é o português fonético do
alemão "eine Kranke" e significa "uma
doente" que era
usado para qualificar
as prostitutas portadoras de doença venérea.
|
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Expressões populares brasileiras
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário