Fabrício Carpinejar e
Mário Corso
Começo do Brasileirão:
A meta é ser campeão depois de tantos
anos, esse time pode chegar lá. É o plantel dos sonhos.
Vigésima rodada:
Ser campeão é difícil, mas não
impossível, as lesões e as convocações atrapalham. O culpado é o calendário.
Trigésima rodada:
Três vitórias consecutivas despertam
a esperança. Três derrotas seguidas devolvem a melancolia. Ser campeão é
impossível, mas a meta agora é a Libertadores. Troca-se técnico, arruma-se um
ídolo para disfarçar a desorganização tática.
Trigésima terceira rodada:
A vaga para a Libertadores está cada
vez mais inacessível, mas a vaga da Sul-Americana é a meta. Afinal, a
competição significa o melhor atalho para a Libertadores. A direção jura que
prefere a Sul-Americana do que a Libertadores, por uma estratégia competitiva.
"É mais fácil", diz o presidente.
Trigésima quinta rodada:
Complicou a colocação para a
Sul-Americana, porém o time não desiste. A desculpa muda de natureza. Não mais
as lesões, as convocações e a falta de entrosamento. O vilão pelos pontos
perdidos em casa é o árbitro. O campeonato foi comprado.
Trigésima sétima rodada:
É tarde para trocar de técnico de
novo. Até porque é necessário apostar num nome, defendê-lo das críticas e
garantir sequência de partidas. A disposição passa a ser outra: fugir da zona
do rebaixamento e escapar do quarteto da morte.
Última rodada:
Foi difícil, mas o time se
superou com o apoio da torcida. Com raça, a equipe pegou junto, esteve unida e
superou as adversidades. Conseguiu seguir na primeira divisão. Manter-se na
elite do futebol nacional é um troféu moral, quase o mesmo que ser campeão
brasileiro.
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