O riso
Quatro programadores de informática se encontram em horário
de almoço e um deles comenta:
− Pessoal, ontem eu vi uma morena... Vocês nem vão acreditar!
− Uau... – Animaram-se os amigos.
− Linda! Com uns pernões dessa grossura... Olhos azuis, seios
lindos... Uma beleza!
− Uau! – Repetiram eles.
− Começamos a conversar... Papo vai, papo vem... Ela aceitou
ir para o meu apartamento!
− Uau!
− Bebemos um pouco de vinho, nos beijamos e o clima começou
a esquentar...
− Uau!
− E a parte mais incrível: Ela virou pra mim e disse: “Quero
te sentir dentro de mim gora!”
− Uauuuuuu!
− Então, eu tirei a minha roupa e
comecei a despir aquele mulherão! Primeiro a blusa, depois o sutiã, que eu
joguei em cima do teclado do meu micro novo e depois...
− Opa! – Interrompeu um dos amigos – E você comprou um micro
novo? Qual o processador?
A seriedade
Lembradas as palavras
de Bertold Brecht
(1898-1956)
Primeiro levaram
os negros,
Mas não me
importei com isso:
Eu não era
negro.
Em seguida
levaram alguns operários,
Mas não me
importei com isso:
Eu também não
era operário.
Depois prenderam
os miseráveis,
Mas não me
importei com isso,
Porque eu não
sou miserável.
Depois agarraram
uns desempregados,
Mas como tenho
meu emprego,
Também não me
importei.
Agora estão me
levando,
Mas já é tarde.
Como eu não me
importei com ninguém
Ninguém se
importa comigo.
As
de Martin Niemöller, teólogo, líder protestante da resistência Nazista,
disse
o mesmo com outras palavras por volta de 1933:
Quando os
nazistas levaram os comunistas, eu calei,
porque, afinal,
eu não era comunista.
Quando eles
prenderam os sociais democratas, eu calei,
porque, afinal,
eu não era social democrata.
Quando eles
levaram os sindicalistas, eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era sindicalista.
Quando levaram
os judeus, eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era judeu.
Quando eles
levaram a mim, não havia mais quem protestasse.
De
Claudio Humberto
(colunista,
jornalista) em 2007:
Primeiro, eles
roubaram nos sinais,
mas não fui eu a
vítima.
Depois,
incendiaram os ônibus,
mas eu não
estava neles.
Depois, fecharam
ruas onde eu não moro.
Fecharam, então,
o portão da favela,
que eu não
habito.
Em seguida,
arrastaram até a morte uma criança,
que não era meu
filho...
(nos anos 60):
É isso aí. Eu me
importo e não me calo.
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