quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Pílulas de humor de Max Nunes



“A prova de que a natureza humana é sábia é que ela nem sabia que iríamos usar óculos e notem como colocou nossas orelhas.”

“Era o menor homem do mundo. Os próprios anões o chamavam de anão.”

“Em Brasília quem não é da panelinha é da marmita.”

“A prova de que o trânsito está cheio de barbeiros é que não temos mais o Forde-de-bigode.”

“O difícil de confundir alhos com bugalhos é que ninguém sabe o que são bugalhos.”

“Para que as crianças nasçam felizes em nosso país, três coisas são absolutamente necessárias: liberdade, igualdade e maternidade.”

“Dormiu de janela aberta e morreu afogado. Estava passando uns tempos num submarino.”

“Nossos filhos não são problemas. Problemas são os filhos que dizem que são nossos.”

“É através dos mais rigorosos inquéritos que se chega à conclusão que todo mundo é honesto.”

“O recibo, o reconhecimento de firmas, o fiador, o depósito e o desconto em folha são provas insofismáveis de que ninguém confia na honestidade de ninguém.”

“Como é curta a vida das mulheres! Até hoje não conheço uma que tenha passado dos quarenta.”

“Não era uma mulher, era uma guilhotina: cinco homens perderam a cabeça por sua causa.”

“Nada mais irritante do que funcionário do correio jogando baralho. Como leva tempo para entregar uma carta!”

“O rei, a cavalo, surpreendeu a rainha atrás da torre com um peão e foi queixar-se ao bispo.”

“O turfista é um sujeito que trabalha pra burro, ganha pra cachorro e gasta pra cavalo.”

“O jóquei é um sujeito que ganha dinheiro nas costas dos outros.”

“Houve um tempo em que os animais falavam. Alguns ainda continuam.”

“Por que não cruzam um pombo-correio com um papagaio? Assim, em vez de levar bilhete, ele já dava o recado.”

Diálogos

Comprador:
Eu gostaria de ver alguns carros de segunda mão realmente bons.
Vendedor:
Eu também.

Ela:
Como o senhor é diferente do que eu imaginava!
Poeta famoso:
Pensava, naturalmente, que eu era gordo, baixinho e feio?
Ela:
Ao contrário! Imaginava que o senhor era esbelto, alto e bonito!

Ladrão:
Tenha piedade! Me dê mil reais para salvar a vida de um inocente!
Transeunte:
Mas você não tem cara de inocente!
Ladrão:
Não é a minha vida que está em perigo – é a sua!

- Meu bisavô é funcionário público.
- Até hoje? De que repartição?
- Da Faculdade de Medicina.
- O que ele faz?
- É esqueleto.

Garoto de rua:
- Moço, me dá um dinheiro pra comprar pão?
Moço sovina:
- Não. Se você comer pão agora, você não almoça!

Careca:
- Me dá um vidro de loção pra crescer cabelo.
Caixeiro:
- Grande ou pequeno?
Careca:
- Pequeno, que eu não gosto de cabelo muito comprido.

Enfermeiro:
- O senhor viu um louco que acabou de fugir daqui? É baixinho, magrinho e pesa cento e trinta quilos.
Transeunte:
- Como pode ser baixinho e magrinho se pesar cento e trinta quilos?
Enfermeiro:
- Eu não falei ao senhor que ele é louco?

- Querido, vamos festejar amanhã nossas bodas de prata. Queres que eu mate um frango?
- Que culpa tem o frango?

Freguês:
- Venho reclamar do senhor porque há dias comprei um remédio para afastar a vermelhidão do meu nariz e agora o nariz está quase todo azul.
Farmacêutico:
- E de cor o cavalheiro preferia?

Solteirona (ao telefone):
- Socorro! Há um homem na rua tentando pular a janela do meu apartamento no segundo andar!
Homem:
- A senhora está enganada. Aqui é do Corpo de Bombeiros.
Solteirona:
- Eu sei; É que ele está precisando de uma escada!

Freguês 1:
- Garçom, me traga uma cerveja gelada, muito gelada, estupidamente gelada, terrivelmente gelada.
Garçom:
- Muito bem. E o senhor?
Freguês 2:
- Eu também quero uma cerveja gelada. Mas olha: mais gelada que a dele.

Freguês: Garçom, quem botou manteiga neste pão?
Garçom: Fui eu.
Freguês: E quem foi que tirou?


Max Nunes por JBosco

Max Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 1922. Médico, acabou se tornando um dos maiores humoristas brasileiros. Criador do famoso programa Balança, mas não cai, da década de 50, na Rádio Nacional, passou pelo Diário da Noite e Tribuna da Imprensa, sendo hoje um dos produtores do programa de tv Jô Soares Onze e meia. Faleceu no Rio de Janeiro em 11 de junho de 2014, aos 92 anos.

Morreu na madrugada desta quarta-feira (11.06.2014) o humorista Max Nunes, aos 92 anos, de complicações decorrentes de uma queda em que fraturou a tíbia. O redator e escritor estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.

Max Nunes escreveu e dirigiu programas humorísticos que fizeram história na TV brasileira, como Balança mas não Cai (1968), Satiricom (1973) e Planeta dos Homens (1976).

Em 1972, criou com Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha, A Grande Família, primeira comédia de costumes da Globo.

Com Jô Soares, fez uma das parcerias mais duradouras da TV. Redigiu Viva o Gordo (1981), na Globo, e foi com ele para o SBT em 1988, onde lançou Veja o Gordo e o talk show Jô Soares Onze e Meia. De volta à Globo, em 2000, era redator e acompanhava as gravações do Programa do Jô.

Nascido no Rio de Janeiro em 1922, Max Newton Figueiredo Pereira Nunes teve contato com a carreira artística desde cedo. Filho do jornalista e humorista Lauro Nunes e vizinho do sambista Noel Rosa (1910-1937), que o aconselhou a cantar, Max Nunes foi apelidado de Gargantinha de Veludo na Rádio Guanabara. Formou-se em medicina e exerceu a profissão até 1980.

Na TV, escreveu pela primeira vez em 1962, na extinta Excelsior. Em 1964, mudou-se para a Globo, onde trabalhou durante 38 anos. Em 2012, o Zorra Total homenageou Max Nunes em seu aniversário de 90 anos.

Max Nunes, compositor

Bandeira Branca

Max Nunes e Laércio Alves

Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Saudade, mal de amor, de amor
Saudade, dor que dói demais
Vem, meu amor
Bandeira branca eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.

Epitáfio

Num cemitério, sobre uma laje:

Foste um mau pai
Foste um mau marido
Foste um mau filho
Foste um mau amigo
Foste um mau irmão
Foste um mau cristão
Enfim: foste!

Na lápide para o túmulo de Max Nunes, a filha mandou gravar a frase:

“Quando morreu deixou mulher e quatro filhos. Tinha que deixar. Como ia levar?”.

Ela foi escrita pelo humorista no livro “Uma Pulga na Camisola − O máximo de Max Nunes”, coletânea de crônicas de Max Nunes organizada por Ruy Castro.

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