“Se teus conhecimentos não te
ensinam o valor das coisas, e não te libertam da servidão da matéria, nunca
chegarás perto do trono da verdade.
Se tua sabedoria não te ensina a
te ergueres acima da fraqueza e da miséria humanas e a guiares teus
compatriotas pelo caminho certo, és na verdade um homem de pouco valor e assim
permanecerás até o Juízo Final.
Aprende as palavras de sabedoria
pronunciadas pelos sábios e aplica-as em tua própria vida. Vive-as – mas não
faças delas um vazio exibicionismo, pois aquele que repete o que não entende
não é melhor que um asno carregado de livros.”
(Do livro “A Voz do
Mestre”, de Kahlil Gibran)
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Sete vezes
menosprezei minha alma:
Quando a vi aparentar
a humildade para conquistar a grandeza.
Quando a vi coxear na
presença de coxos.
Quando lhe deram a
escolher entre o fácil e o difícil, e escolheu o fácil.
Quando cometeu um
crime e consolou-se com a
idéia
de que outros também
cometem crimes.
Quando aceitou a
adversidade por covardia
e atribuiu sua
aceitação à fortaleza.
Quando desprezou a
fealdade de uma face que não era,
na realidade, senão
uma de sua próprias máscaras.
Quando considerou uma
virtude elogiar e glorificar.
(Do livro “O Jardim
do Profeta”, de Kahlil Gibran)
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Um punhado da areia
da praia:
“Quando te queixas de
uma desgraça a um vizinho teu,
entrega-lhe parte de
teu coração.
Se ele for grande,
agradecer-te-á.
Se for pequeno,
menosprezar-te-á.”
Dizem-me: “Se encontrares
um escravo adormecido,
não o acordes: talvez esteja sonhando com a liberdade.”
Respondo: “Se
encontrar um escravo adormecido,
acordo-o e falo-lhe
da liberdade.”
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Entre os homens, há
assassinos que nunca verteram sangue,
e ladrões que nunca
roubaram,
e mentirosos que
nunca disseram uma mentira.
(Do livro “Areia e
Espuma”, de Kahlil Gibran)
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