D. Pedro I
O Hino da Independência do Brasil
foi criado logo após o 7 de setembro e, ao ser composto, não tinha esse nome.
Nem sua música era a mesma que hoje é cantada nas comemorações da Semana da
Pátria. No começo do século XIX, o artista, político e livreiro Evaristo da
Veiga escreveu os versos de um poema que intitulou “Hino Constitucional
Brasiliense”.
Em pouco tempo, os versos
ganharam fama entre a nobreza brasileira e foram musicados pelo amestro Marcos
Antônio da Fonseca Portugal.
Aluno do maestro, Dom Pedro I,
quando era príncipe regente, manifestava um grande entusiasmo pelo ramo da
música e, após a proclamação da Independência do, decidiu compor uma nova
melodia para a letra musicada por Portugal.
Com essa modificação, foi
oficializada o “Hino da Independência do Brasil”. O feito do governante acabou
ganhando tanto destaque que, durante alguns anos, Dom Pedro I foi dado como
autor exclusivo da letra e da música do hino.
Depois da abdicação do imperador,
em 1831, o “Hino da Independência do Brasil” acabou perdendo prestígio na
condição de símbolo nacional. E ficou mais de um século parado no tempo, não
sendo executado em solenidades oficiais.
No ano de 1922, data que marcava
a comemoração do centenário da Independência, o hino foi novamente executado
com a melodia criada pelo maestro Portugal.
Somente na década de 1930, graças
à ação do ministro Gustavo Capanema, que o “Hino da Independência do Brasil”
foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do
amestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por Dom Pedro I foi dada como a
única a ser utilizada na execução do hino.
Do jornal O Sul, 7 de setembro de 2013.
Hino da Independência do Brasil
Letra: Evaristo
Ferreira da Veiga
Música: D. Pedro I
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil,
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade,
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços,
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
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