*Jornalista gaúcho
Os brilhantes e os aplicados
Conheço
muita gente brilhante. E conheço muito mais gente aplicada.
Quase sempre
o sujeito se torna aplicado por não ser brilhante.
O brilhante muito mais pensa do que
faz. Já o aplicado mais faz do que tem a capacidade de pensar.
O aplicado
realiza uma verdadeira mão de obra para chegar ao sucesso.
Já o
brilhante despende menos suor para ter êxito.
Dá-se o seguinte: quando a pessoa sente
que não é brilhante e quer vencer na vida, então adota a aplicação.
Só com muito
esforço uma pessoa pode suprir a falta de brilhantismo.
Haja suor,
haja trabalho, haja organização, isso é a aplicação.
Quando você vê uma pessoa agindo
sempre, preenchendo todos os espaços, estando em todos os lugares, executando
todas as tarefas, a isso se chama aplicação.
Já o brilhante não precisa
esforçar-se e consegue ótimos resultados sem trabalhar muito. A força das suas
ideias é poderosa, leva tudo pela frente e realiza coisas prodigiosas.
Eu admiro muito os aplicados. Mas eu
gosto mesmo, eu sou apaixonado pelos brilhantes. Quando me dizem, por exemplo,
que determinada pessoa é descuidada, eu corro para conhecê-la.
É que os brilhantes são sempre descuidados, são distraídos,
isto é, não se aplicam.
Eu dou um doce para ouvir uma ideia,
um pensamento, uma solução de um brilhante. O brilhante tem solução pronta para
quase tudo. Já o aplicado tem de entregar-se muito ao trabalho para chegar a
uma solução.
Ah, eu ia me
esquecendo: nunca vi um brilhante aplicado.
O que eu aprendi na vida...
Aprendi que ninguém é perfeito enquanto não se apaixona.
Aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais duro do que ela!
Aprendi que as oportunidades nunca se perdem; as que você
desperdiça alguém as aproveita!
Aprendi que quando você se importa com rancores e amarguras,
a felicidade vai para outra parte.
Aprendi que devemos sempre falar
boas palavras, pois amanhã nunca se sabe as que teremos que ouvir.
Aprendi que um sorriso é uma maneira econômica de melhorar
seu aspecto.
Aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso
sempre fazer alguma coisa.
Aprendi que, quando seu filho
recém-nascido, segura o seu dedo na sua mão, ele tenta prendê-lo para toda a
vida!
Aprendi que todos, todos querem
viver no topo da montanha, mas toda a felicidade está durante a subida.
Aprendi que da viagem, temos que aproveitar a ida e não
apenas pensar na chegada.
Aprendi que o melhor é dar
conselhos só em duas circunstâncias: quando são pedidos e quando deles depende
uma vida.
Aprendi que quanto menos tempo se desperdiça, mais coisas se
podem fazer.
*****
Francisco Paulo Sant'Ana foi um
cronista, escritor e comentarista esportivo brasileiro, torcedor símbolo do
Grêmio.
Nascimento:
15 de junho de 1939, Porto Alegre,
Rio Grande do Sul.
Falecimento:
19 de julho de 2017, Hospital
Moinhos de Vento, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Aqui estou, 00:32 lendo os textos do Paulo Sant’Ana. Meu pai assinava a Zero Hora e eu adorava ler a coluna dele, por mais colorado que sou!! Obrigado por compartilhar esses textos. Vou dormir feliz!!
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