O médico, humorista, compositor e escritor Max Newton Figueiredo Pereira Nunes, conhecido como Max Nunes, nasceu no Rio de Janeiro, em 1922 e faleceu nessa mesma cidade em 11 de junho de 2014
Formado em medicina, desviou-se da
profissão para se tornar um escritor de humor do Brasil. Max Nunes começou a
escrever para o rádio a fim de bancar a faculdade de Medicina. Mesmo depois de
formado, não conseguiu largar o humor.
Pioneiro dos programas de humor no
rádio e na TV, foi o criador e redator do programa "Balança, Mas Não
Cai", grande sucesso da década de 1950, na Rádio Nacional, onde se
consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos
papéis do "Primo Rico e Primo Pobre".
Levado ao ar pela primeira vez em
1950, "Balança, mas não cai" fez tanto sucesso que foi preciso
repeti-lo no dia seguinte. Tinha dois horários: sexta-feira à noite e sábado à
tarde, com 95% de audiência em
ambos. Um fenômeno.
O programa "Balança, Mas Não
Cai" migrou para teatro, cinema e TV com o quadro "Primo Rico e o
Primo Pobre", interpretados respectivamente por Paulo Gracindo e Brandão
Filho.
"Faça Humor, Não Faça
Guerra", "O Planeta dos Homens"; "Viva o Gordo" foram
alguns dos humorísticos em
que Max Nunes trabalhou na Rede Globo. São dele bordões
famosos (‘Tem pai que é cego’, ‘Não me comprometa’).
Como cronista é autor de textos sobre
o cotidiano do Rio de Janeiro. Vários sucessos de Jô Soares têm origem em
textos de Max Nunes, como o das personagens Capitão Gay e a cantora lírica
Nanayá Com Ypsilon.
Em 1964, quando, a pedido de Walter
Clark, diretor-geral da TV Globo, o programa foi adaptado para a televisão,
muita gente achou que o ‘Balança...’ perderia em charme e agilidade. Mas o
texto de Max adaptou-se como uma luva e foi honrado com interpretações
memoráveis de Paulo Gracindo e Brandão Filho, que formaram um dos quadros mais
engraçados da televisão brasileira: ‘Primo Rico e Primo Pobre’.
Frasista de primeira, Max Nunes criou
a Mulher Guilhotina, que fazia os homens perderem a cabeça e que definiu a
Democracia como um regime em que “qualquer cidadão pode ser presidente da
República, menos eu e você, naturalmente.” Mais que um humorista, é um filósofo
da vida doméstica. Percebeu que “marido e mulher só olham na mesma direção
quando a TV está ligada” e observou que “os homens mentiriam muito menos se as
mulheres fizessem menos perguntas.”
Coisas do Max Nunes
Freguês: − Por
que esse papagaio é tão caro?
Vendedor: − É
uma papagaia. Custa caro porque bota ovo quadrado.
Freguês: − E
ela fala?
Vendedor: − Fala.
De vez em quando, diz “ai!”.
Filha: − Mãe, a senhora não disse que
a maneira mais fácil da mulher prender um homem é pelo estômago?
Mãe: − Disse.
Por quê?
Filha: − É
que descobri um caminho novo.
Enfermeira: −
Eu preciso saber o seu nome para avisar à sua família.
Acidentado: −
Basta a senhor avisar, porque o meu nome a minha família já sabe.
Curiosidades
- Um cientista de Chicago
conseguiu criar vida dentro do laboratório: sua enfermeira está grávida.
- Chamava-se Jesus e, tal como Jesus, morreu na cruz. Na Cruz Vermelha.
- Levou dez anos ensinando uma besta a falar. Quando conseguiu, ele ficou besta.
- Quando a cegonha chegou à
casa dos meus vizinhos para entregar a encomenda, o garoto era tão feio que
eles ficaram com a cegonha e devolveram o menino.
- Na Califórnia, amamentar
em público é considerado um ato obsceno. Principalmente se a mãe estiver
acompanhada do marido e sem a criança.
- Novo dispositivo interno
para moralizar a Câmara: nenhum deputado poderá sair antes de chegar.
- A prova de que o balé dá sono na plateia é que os artistas
entram sempre na pontinha dos pés.
- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É que as de
ontem já deixaram de ser.
- Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.
- No Nordeste, a seca é tão braba que são as árvores que
correm atrás dos cachorros.
- O jipe é o maior esforço feito pelo homem para chegar à
mula mecanizada.
- O casamento é como a pessoa que quer tomar um copo de
leite e compra uma vaca.
- O casamento é o único jogo que acaba mal sem que ninguém
ponha a culpa no juiz.
- Os homens casados se dividem em três categorias: os
polígamos, os bígamos e os chateados.
- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser muito
virtuoso para não dar um mau passo.
- O difícil de confundir alhos com bugalhos é que ninguém
sabe o que são bugalhos.
- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.
- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É
hoje!
- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra
um não dar esse prazer ao outro.
- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O
candidato, não.
- Personalidade é aquilo que uma pessoa tem quando não está
precisando do emprego.
- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a
natureza por perdas e danos.
- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela
boca do estômago!
- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já
é cara.
- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que
você já tirou.
- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.
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