Conde de Porto Alegre
No malogrado ataque a fortaleza de
Curupaity (Guerra do Paraguai), levado a efeito em 22 de setembro de 1866 pelas
forças da Tríplice Aliança, depois de desobedecer duas vezes ao general Mitre,
comandante em chefe dos exércitos aliados, tenta o heroico conde de Porto
Alegre um último esforço a fim de conquistar aquela posição; e, dando o
exemplo, transpôs o primeiro dos fossos que impediam a sua escalada. Obedientes
à voz do comando, não o socorrem os generais Flores e Polydoro, e já lá vão dez
horas de porfiado combate, quando Mitre ordena a retirada, pela terceira vez.
Só então, impelido pela disciplina, resolve o valoroso guerreiro rio-grandense
ceder, não sem protesto, pois tal pode ser considerada a frase sublime que se
lhe escapou dos lábios:
-
Obedeço porque sou obrigado!
E na retirada, que, apesar do intenso
fogo inimigo, se efetuou ao som de músicas e bandeiras desfraldadas, ao ver ele
cair centenas, milhares de seus comandados, teve ainda estas palavras
memoráveis, que pintam bem ao vivo o que ia naquela grande alma:
- E só
para mim não há uma bala!
Derradeiras palavras
Não deixa de ter interesse o saber-se
como se portaram diante da morte alguns dos nossos maiores coestaduanos, alguns
dos quais se tornaram ilustres pelo seu denodo. Demais, já afirmou alguém “as últimas
palavras resumem a vida de quem as proferiu”.
General
Osório:
-
Águas abaixo... para a eternidade!
Barão do Triunfo:
Barão do Triunfo:
- Mais
uma carga, camaradas!
Félix Xavier da Cunha:
(Ao receber
a noticia da tomada de Paysandu):
- Que
glória! Que glória!... para a nossa pátria!
João da Cunha Lobo Barreto (poeta):
João da Cunha Lobo Barreto (poeta):
- Levem
minha mãe daqui que eu quero morrer!
Visconde de Pelotas:
Visconde de Pelotas:
-
Obedeço!
Marechal Bittencourt (aos oficiais
que procuravam prender o seu assassino, o anspeçada Marcelino Bispo:
- Não
o matem!
Correio do Povo, 18/8/1911.
Nenhum comentário:
Postar um comentário