segunda-feira, 30 de junho de 2014

Curiosidades Históricas

Conde de Porto Alegre




No malogrado ataque a fortaleza de Curupaity (Guerra do Paraguai), levado a efeito em 22 de setembro de 1866 pelas forças da Tríplice Aliança, depois de desobedecer duas vezes ao general Mitre, comandante em chefe dos exércitos aliados, tenta o heroico conde de Porto Alegre um último esforço a fim de conquistar aquela posição; e, dando o exemplo, transpôs o primeiro dos fossos que impediam a sua escalada. Obedientes à voz do comando, não o socorrem os generais Flores e Polydoro, e já lá vão dez horas de porfiado combate, quando Mitre ordena a retirada, pela terceira vez. Só então, impelido pela disciplina, resolve o valoroso guerreiro rio-grandense ceder, não sem protesto, pois tal pode ser considerada a frase sublime que se lhe escapou dos lábios:

- Obedeço porque sou obrigado!

E na retirada, que, apesar do intenso fogo inimigo, se efetuou ao som de músicas e bandeiras desfraldadas, ao ver ele cair centenas, milhares de seus comandados, teve ainda estas palavras memoráveis, que pintam bem ao vivo o que ia naquela grande alma:

- E só para mim não há uma bala!

Derradeiras palavras

Não deixa de ter interesse o saber-se como se portaram diante da morte alguns dos nossos maiores coestaduanos, alguns dos quais se tornaram ilustres pelo seu denodo. Demais, já afirmou alguém “as últimas palavras resumem a vida de quem as proferiu”.

General Osório:
- Águas abaixo... para a eternidade!

Barão do Triunfo:
- Mais uma carga, camaradas!

Félix Xavier da Cunha:
(Ao receber a noticia da tomada de Paysandu):
- Que glória! Que glória!... para a nossa pátria!

João da Cunha Lobo Barreto (poeta):
- Levem minha mãe daqui que eu quero morrer!

Visconde de Pelotas:
- Obedeço!

Marechal Bittencourt (aos oficiais que procuravam prender o seu assassino, o anspeçada Marcelino Bispo:
- Não o matem!


Correio do Povo, 18/8/1911.





Nenhum comentário:

Postar um comentário