Velhas árvores
Olha
estas velhas árvores, ‒ mais belas,
Do que as árvores mais moças, mais amigas;
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
Do que as árvores mais moças, mais amigas;
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O
homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas...
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas...
Não
choremos amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na
glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac
Tu
que passas e levantas contra mim teu braço,
antes
de fazer-me mal, olha-me bem.
Eu
sou o calor de teu lar nas noites frias de inverno.
Eu
sou a sombra amiga que te protege contra o sol.
Meus
frutos saciam tua fome e acalmam tua sede.
Eu
sou a viga que suporta o teto de tua casa,
a
tábua de tua mesa, a cama em que te descansas.
Eu
sou o cabo de tuas ferramentas, a porta de tua casa.
Quando
nasces, tenho madeira para teu berço;
quando
morres, em forma de ataúde,
ainda
te acompanho ao seio da terra.
Eu
sou pão de bondade e flor de beleza.
Se
me amas como mereço,
defende-me
contra os insensatos.
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